Jovens indígenas no Ceará realizam encontros em Poranga e Caucaia

O evento tem a organização da Adelco, via projeto Urucum, da Juventude Indígena do Ceará, do Esplar e União Europeia, com o apoio do Governo do Estado do Ceará.

Participarão jovens indígenas de todas as aldeias do estado que têm entre 15 e 29 anos. Acompanhe a programação e participe!

Seminário de Formação da Juventude Indígena no Ceará – Poranga -Ce

Sexta, 29.09:
Noite: Acolhida, boas vindas das lideranças, acordo de convivência e apresentações.

Sábado, 30.09:
Manhã – Rodas de conversa:
Roda de abertura: O que é ser jovem indígena?
Tarde de oficinas
Oficina 01 – Gestão de projetos
Oficina 02 – Comunicação
Oficina 03 – Espiritualidade
Oficina 04 – Gênero e Sexualidade
Noite: Festa da colheita.

Domingo, 01.10:
Manhã – Roda de conversa: Marco Temporal
Tarde: Roda de Conversa: Juventude e Território
Noite: Apresentação artística das produções das oficinas do sábado

II Encontro Estadual das Juventudes Indígenas

Data: 03,05 e 05 de novembro

Local: Aldeia Lagoa dos Tapebas – Caucaia-Ce

 

Acompanhe as novas informações no site.

Fonte: Comunicação Adelco

Povo Tapeba reune-se para festejar portaria com a declaração dos limites de suas terras

Os povo Tapeba, parentes de outros povos e apoiadores indigenistas reuniram-se dia 09.09, na Escola Indígena Índios Tapeba para comemorar uma grande vitória: o reconhecimento das terras pelo Ministério da Justiça.

Weber Tapeba, advogado e vereador indígena, afirma que a luta segue firme: “A luta não termina aqui. A portaria não pode servir como pretexto para que nosso povo cale. Nosso povo tem que continuar resistindo”, destacou.

Eliane Tabajara, liderança Tabajara, felicitou os parentes Tapebas: “É por isso que estamos na luta, para ter momentos como esse”, afirmou. A juventude Tapeba também deixou claro sua felicidade: “A vitória não é só do povo Tapeba. É de todos os povos do Ceará”, apontou João Kennedy.

Adelco entrega o PGTA Tapeba

A festa aconteceu na Aldeia Lagoa dos Tapeba, em Capuan – Caucaia (CE). A Adelco esteve presente e realizou a entrega da publicação Plano de Gestão territorial e Ambiental Indígena Tapeba, construído em parceria com a aldeia.

Veja carta de celebração que a Adelco escreveu sobre esta vitória: https://goo.gl/7qJxPi

Veja fotos na nossa página do Facebook: @adelco.ong

Fonte: Comunicação Adelco

 

 

Adelco e Povo Tapeba: quando as histórias se misturam

A vitória do Povo Tapeba é a felicidade da Adelco – Associação para Desenvolvimento Local Co-produzido. Quando começamos nossa caminhada, em 2001, os Tapebas foram os primeiros indígenas a formarem uma parceria forte conosco e a confiarem que suas lutas também eram nossas. 16 anos depois, a parceria continua cada vez mais firme. Por isso, brindamos a vitória destas guerreiras e destes guerreiros que resistem em Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza-Ce.

Depois de mais de 30 anos de espera, muitas lutas, idas e vindas, guerreiros e guerreiras que tombaram, o dia 04 de setembro amanheceu iluminado pelo encantado. Recebemos a notícia que o Ministério da Justiça oficializou as terras tradicionalmente ocupadas pela etnia Tapeba, local de uma grande especulação imobiliária e olhares de posseiros. Se estamos sempre juntos na luta, agora, estamos juntos em festa. Nos enchemos de esperança!

Amizade de longa data

Recordamos algumas das parcerias que traçamos com as guerreiras e os guerreiros Tapebas desde a fundação da Adelco, em 2001:

2002-2012 – O Programa de Microcrédito Produtivo e Habitacional esteve centrado na melhoria habitacional e na geração de renda do povo Tapeba, através da viabilização de recursos para reforma de moradias para a população de baixa renda, do fortalecimento das associações comunitárias, da melhoria das condições de saúde e higiene, além de ter estimulado a prática da poupança.

2006 – Lançamos o projeto Capacitação da comunidade indígena Tapeba para sua inserção no e-commerce e no turismo cultural, buscando apoiar a comunidade indígena Tapeba na sua busca por sustentação econômica, através da geração de trabalho e renda, consolidando e divulgando sua identidade cultural e comercializando sua produção artesanal.

2008-2009 – Iniciamos o Projeto Inhuçu – Fortalecimento da capacidade de gestão de projetos econômicos e culturais e da identidade indígena para o etnodesenvolvimento Tapeba. O objetivo era a melhoria da qualidade do artesanato, fortalecimento da capacidade de gestão de projetos econômicos e culturais, auxiliando no desenvolvimento da consciência ambiental e competências básicas para plantio e manejo de espécies arbóreas nativas, realização de eventos de intercâmbio e fortalecimento cultural e desenvolvimento de práticas da culinária típica.

2008-2012 – Neste mesmo ano também trabalhamos com os Tapebas no projeto Ayty – Turismo de Base Comunitária do Povo Tapeba, que teve como foco o apoio à iniciativa de Turismo de Base Comunitária no município de Caucaia – CE.

2010-2013 – O Projeto Tribo das Águas – Cuidando da água e dos ambientes aquáticos Tapeba, promoveu a sensibilização ambiental para a conservação da água e dos ecossistemas aquáticos no Território Indígena Tapeba, com a perspectiva de proteger sua biodiversidade e garantir os serviços ambientais que estes ecossistemas proporcionam, constituindo medida de adaptação à mudança do clima.

2013-2016 – O projeto Etnodesenvolvimento – Ceará Indígena, trabalhou com várias etnias, incluindo também a presença dos Tapebas. Seu foco esteve na melhoria da qualidade de vida de comunidades indígenas do Ceará, dinamizando a economia solidária local, fortalecendo o turismo comunitário e favorecendo melhores condições de segurança alimentar, considerando sempre as diversas culturas e etnias.

2015-2016 – Mais recentemente foi a vez de construir o Planos de Gestão Territorial e Ambiental (PGTAs) da Terra Indígena Tapeba (Caucaia – Ceará), por meio de metodologias participativas que priorizem o protagonismo, o diálogo intercultural, a preservação dos valores culturais e os recursos ambientais das Terras Indígenas.

2015-2016 – Também foram anos do projeto São José III – Indígenas e Quilombolas, quando apoiamos as Entidades Representativas dos Beneficiários, de Comunidades Indígenas e Quilombolas, na elaboração de Planos de Negócio de Empreendimentos Coletivos de Agricultores Familiares. Os Tapebas também estavam presentes.

2016-2019 – Atualmente, seguimos com o Projeto URUCUM – Fortalecendo a autonomia político-organizativa dos povos indígenas se desenvolve em parceria com o ESPLAR, junto às 14 etnias do Estado Ceará, presentes em 19 municípios. Este projeto contribui para o fortalecimento das capacidades de gestão e de intervenção social e política das associações indígenas e suas três principais representações no Ceará: a COPICE (Coordenação das Organizações e Povos Indígenas do Ceará), a AMICE (Articulação das Mulheres Indígenas do Ceará) e a COJICE (Comissão de Juventude Indígena do Ceará).

Como iniciou a luta do povo Tapeba

Em 20 maio de 1985, 70 índias e índios assinaram um abaixo assinado para plantar nas terras, ter um posto de saúde e uma escola indígena. Este foi o primeiro registro oficial que a Adelco e pesquisadores indigenistas têm notícia. Começava ali, oficialmente, a luta pela demarcação daquelas terras como território Tapeba.

Como uma bonita coincidência, dois dias depois do reconhecimento do Ministério Público, a Adelco recebe da gráfica o Plano de Gestão Territorial e Ambiental Indígena Tapeba (PGTA), um planejamento que elabora estratégias para o uso sustentável da terra e dos recursos indígenas. O documento foi realizado em parceria entre a Adelco e Associação das Comunidades dos Índios Tapebas e alguns apoiadores. Trata-se do processo de demarcação da terra, a caracterização socioambiental da comunidade, os aspectos físicos do território, e um planejamento para o uso da terra e dos seus recursos. Conheça os Tapebas como a gente os conhece, acessando o PGTA online ou físico no site www.adelco.org.br. Veja também imagens aéreas das terras dos Tapebas: https://youtu.be/SDAsoiHc4Bk

Salve, povo Tapeba! Salve, povos indígenas de todo o Ceará!

Às 18 aldeias da zona urbana e periurbana de Caucaia-Ce, nosso salve e nosso compromisso de luta.

Salve, Capoeira!

Salve, Capuan!

Salve, Lameirão!

Salve, Jandaiguaba!

Salve, Jardim do Amor!

Salve, Lagoa I!

Salve, Lagoa das Bestas!

Salve, Lagoa dos Tapebas!

Salve, Ponte!

Salve, Sobradinho!

Salve, Trilho e Vila dos Cacos!

Salve, Itambé!

Salve, Coité!

Salve, Bom Jesus!

Salve, Água Suja!

Salve, Vila Nova!

Salve, Mestre Antônio!

Fonte: Comunicação Adelco

 

 

Adelco discute violação de direitos no Herança Nativa 2017

Junto com lideranças indígenas e a entidade parceira, Esplar, a Adelco compôs mesa no III Encontro Sesc Herança Nativa, realizado nos dias 24 a 26/8, na Colônia Ecológica Sesc Iparana.

O evento, promovido pelo Serviço Social do Comércio, reuniu os 14 povos indígenas, dos 19 municípios do Ceará.

Ronaldo Queiroz, técnico da Adelco, e Cíntia Moreira, técnica do Esplar, estiveram juntos divulgando alguns resultados do Diagnóstico e estudo de linha de base: projeto fortalecendo a autonomia político-organizativa dos povos indígenas. O documento, financiado pela União Europeia, foi construído em parceria pelas duas instituições e com o apoio das organizações indígenas. Veja o diagnóstico, na íntegra, aqui.

Na mesa, apresentamos os recortes de dados sobre as Demarcações das Terras, Educação e Saúde indígenas. Também estavam presentes no debate: Antônia Kanindé, do Povo Kanindé de Aratuba; Andrea Rufino, do Povo Tapuya kariri, São Benedito; Francisco Ferreira de Moraes Junior, do Povo Anacé; Margarida Tapeba, do Povo Tapeba; Roberto Ytaysaba, do Povo Anacé; Cacique Renato Gomes, do Povo Potyguara; Juliana Alves, do Povo Jenipapo Kanindé e Rosa da Silva, do Povo Pitaguary.

Fonte: Comunicação Adelco