PROJETO TUCUM – ADUFC sedia debate sobre caminhos políticos para os povos indígenas do Ceará no dia 4 de abril, às 18h

A ADUFC sediará, na próxima terça-feira (4), às 18h, um conversatório sobre o tema “Novos cenários e caminhos políticos para os povos indígenas do Ceará”. A atividade é realizada numa parceria entre o Sindicato, a ONG indigenista Adelco e o Esplar-Centro de Pesquisa e Assessoria, através do Projeto Tucum. Participam da roda de conversa a Profª. Helena Martins, secretária-geral da ADUFC; Mateus Tremembé, liderança indígena; Milena Kanindé, do Centro de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos da Arquidiocese de Fortaleza (CDPDH) e do Escritório de Advocacia Popular Indígena Ybi ; e Cacika Irê, da Secretaria dos Povos Indígenas do Ceará (Sepince). A mediação será feita pela coordenadora do Tucum, Adelle Azevedo.

O “Projeto Tucum – a força da resistência indígena” é uma iniciativa da Adelco, em parceria com o Esplar e o Movimento Indígena do Ceará, financiado pela União Europeia, a partir de seleção em edital nacional. O projeto alcança os 15 povos indígenas de 16 municípios cearenses: Aquiraz, Aratuba, Boa Viagem, Canindé, Caucaia, Carnaubal, Crateús, Maracanaú, Monsenhor Tabosa, Novo Oriente, Pacatuba, Poranga, Quiterianópolis, São Benedito, São Gonçalo do Amarante, Tamboril. 

A ação visa consolidar a autonomia político-organizativa dos povos indígenas do Ceará, com formações em direitos humanos, violação de direitos, ativismo digital, violência contra a mulher, formação de professores e de lideranças, dentre outras. Através de articulação com o Esplar, o Projeto Tucum desenvolve ações direcionadas às mulheres indígenas, com foco no processo de fortalecimento de suas autonomias e empoderamento. Também resultou do projeto a criação, em 2021, do primeiro escritório indígena de advocacia do Ceará, o Ybi, que conta com dois advogados indígenas para acompanhamento de pautas coletivas dos povos.

“Sabemos que o Projeto Tucum tem condições de contribuir para o enfrentamento às violações de direitos indígenas e para a salvaguarda dos seus direitos constitucionais, através de apoio jurídico qualificado, capacitações e formações, acesso à informações e ampliação da rede de articulação”, reforça Adelle Azevedo, coordenadora do Projeto Tucum, que foi lançado em 2021 e segue com atividades até o fim de 2024.

Fonte: ADUFC SINDICATO

Adelco discute violação de direitos no Herança Nativa 2017

Junto com lideranças indígenas e a entidade parceira, Esplar, a Adelco compôs mesa no III Encontro Sesc Herança Nativa, realizado nos dias 24 a 26/8, na Colônia Ecológica Sesc Iparana.

O evento, promovido pelo Serviço Social do Comércio, reuniu os 14 povos indígenas, dos 19 municípios do Ceará.

Ronaldo Queiroz, técnico da Adelco, e Cíntia Moreira, técnica do Esplar, estiveram juntos divulgando alguns resultados do Diagnóstico e estudo de linha de base: projeto fortalecendo a autonomia político-organizativa dos povos indígenas. O documento, financiado pela União Europeia, foi construído em parceria pelas duas instituições e com o apoio das organizações indígenas. Veja o diagnóstico, na íntegra, aqui.

Na mesa, apresentamos os recortes de dados sobre as Demarcações das Terras, Educação e Saúde indígenas. Também estavam presentes no debate: Antônia Kanindé, do Povo Kanindé de Aratuba; Andrea Rufino, do Povo Tapuya kariri, São Benedito; Francisco Ferreira de Moraes Junior, do Povo Anacé; Margarida Tapeba, do Povo Tapeba; Roberto Ytaysaba, do Povo Anacé; Cacique Renato Gomes, do Povo Potyguara; Juliana Alves, do Povo Jenipapo Kanindé e Rosa da Silva, do Povo Pitaguary.

Fonte: Comunicação Adelco

Jovens conhecem tecnologias sociais na aldeia indígena Jenipapo-Kanindé

Cerca de DSC03060trinta jovens e adultos participaram, no último sábado (31/10), da edição do projeto “Aflorando”, uma parceria da ADELCO com o SESC. O projeto promoveu o intercâmbio das experiências socioambientais realizadas na aldeia Jenipapo-Kanindé, em Aquiraz-CE, através dos projetos Matas da Encantada e Etnodesenvolvimento Ceará Indígena, ambos desenvolvidos pela ADELCO com patrocínio da Petrobras.

Pela manhã, os participantes conheceram percorrer duas das cinco trilhas recuperadas pelo projeto Matas da Encantada: a trilha do Morro do Urubu e a da Sucurujuba. Os estudantes passaram pelos bem locais sagrados e os lugares de memória da comunidade. Ao fim do percurso, o banho na Lagoa da Encantada renovou as energias daqueles que participaram da caminhada.

Fazendo trilha pela primeira vez, o estudante Werlon Marques, 18 anos, de Fortaleza, ficou encantado com o lugar. “Como eu moro na cidade é muito difícil ir ao interior, ter contato com o campo. Foi uma trilha magnífica. Penso em voltar outras vezes”, afirmou.

Durante o período da tarde, o grupo conheceu as tecnologias sociais como a área de Sistema Agroflorestal, as cisternas de ferrocimento, as fossas ecológicas e os quintais produtivos. Em seguida, participaram de uma roda de conversa com a Cacique Pequena, primeira mulher a ser tornar cacique no Brasil, e conheceram o Museu Indígena Jenipapo-Kanindé.

Já Amanda de Araújo, 15 anos, destaca a experiência de conhecer outras culturas. “Nunca tinha ouvido falar dos Jenipapo-Kanindé. Fiquei impressionada com a força de vontade dos indígenas. Gosto de conhecer outras culturas”, afirmou a estudante. Guilherme Sousa, 16 anos, também destaca a importância das trocas culturais. “O que mais me chamou atenção foi a cultura do lugar, porque para mim é diferente. Não sou acostumado a nada disso”, pontuou o adolescente.

Clarice Araújo, analista assistencial do SESC Fortaleza, afirma que o grupo – formado pelos participantes dos projetos Pensando Verde e Aflorar, ambos desenvolvidos pelo SESC, acertou em cheio ao escolher o lugar para a troca de experiências socioambientais, uma vez que é um lugar com um grande patrimônio ambiental e possui experiências em desenvolvimento sustentável. “O que conhecemos aqui nos incentiva a replicar as experiências nos projetos que o SESC desenvolve nas comunidades”, afirmou Clarice

FOTOS DA ATIVIDADE

 

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Assessor técnico do ISPN visita Projeto Sistemas Agroflorestais Jenipapo-Kanindé

A ADELCO recebeu na última terça-feira (29) a visita do assessor técnico do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), Renato Araújo. O objetivo do gestor foi acompanhar o Projeto Sistemas Agroflorestais Jenipapo-Kanindé, financiado pelo Programa de Pequenos Projetos Ecossociais (PPP-ECOS).

Renato Araújo visitou a comunidade indígena Jenipapo-Kanindé, em Aquiraz, e conheceu de perto as ações de implantação das Ilhas de Coleta Seletiva e dos quase dez hectares de Sistemas Agroflorestais (SAF). Os SAFs são modelos sustentáveis de uso da terra, que permitem aumentar a produção total, combinando cultivos agrícolas, arbóreos e plantas forrageiras e/ou animais, simultaneamente.

O gestor conheceu ainda o processo de recuperação de cinco trilhas etnoecológicas, que devem garantir o desenvolvimento de um turismo sustentável na região, e a preservação e conservação dos recursos.

Foi um momento de intercâmbio com a comunidade. Os indígenas apresentaram os primeiros resultados do projeto e a importância do apoio do PPP-ECOS à aldeia da Encantada. Para a Cacique Pequena, as expectativas para o futuro são as melhores. “Que esse projeto tenha outras e outras etapas”, afirmou a indígena.

O Programa de Pequenos Projetos Ecossociais (PPP-ECOS), administrado pelo ISPN, foi criado para apoiar projetos de organizações não-governamentais e de base comunitária que desenvolvam ações que geram impactos ambientais globais positivos, combinados com o uso sustentável da biodiversidade. “A nossa proposta é espalhar experiências de agricultura ecológica que são capazes de recuperar o solo e experiências que fazem um uso econômico sustentável da vegetação”, afirmou Renato durante a conversa com os indígenas.

Na parte da tarde, foi a vez da equipe da ADELCO reunir-se com Renato Araújo para apresentar a instituição e outros projetos que estão em execução.



Lideranças convocam povos indígenas a participarem ativamente de Conferência

“Encorajamos as pessoas a ir às ruas, mas nós indígenas não estamos indo. Temos que ir ao congresso, marcar mais reuniões. Tenho medo que essa PEC [215] vá passar. Vejo uma calmaria grande nesses políticos. Precisamos sair de casa, encorajar os parentes. Só precisamos de organização”. Foi com esse chamado à participação que o Pajé Barbosa, da etnia Pitaguary, convocou as etnias Jenipapo-Kanindé, Kanindé e Pitaguary para colaborar ativamente com a 4º etapa local da 1º Conferência Nacional de Políticas Indigenistas, que acontece em meio a uma conjuntura marcada por violações dos direitos indígenas. A abertura da assembleia ocorreu na última terça-feira (28/07), no Hotel Acrópole, em Maranguape-CE.

Para o Cacique Daniel Pitaguary, a luta indígena tem avançado no estado com a autodeterminação de mais etnias, mas ainda há muito o que organizar. Para a professora Juliana Alves, da etnia Jenipapo-Kanindé, momentos de encontro, como a conferência, são importantes para o fortalecimento dos povos. “O movimento indígena do Ceará estava precisando desse momento”, afirmou. Já para o Cacique Sotero, dos Kanindé de Aratuba, a conferência é o momento ideal para “ouvir bem uns aos outros”, sobre os problemas e dificuldades enfrentadas pelos povos.

Maristela Pinheiro, coordenadora do Projeto Etnodesenvolvimento-Ceará Indígena, projeto desenvolvido pela ADELCO com patrocínio da Petrobras, afirma que é preciso aproveitar o espaço da conferência para desatar os nós, uma referência a uma música tradicional cantada pelos povos. “É preciso desatar os nós do preconceito, da intolerância, da falta de acesso à terra e a água. O único nó que não deve ser desatado é o da capacidade de se indignar”, pontuou.

A 4º etapa local da 1º Conferência Nacional de Políticas Indigenistas se encerra hoje (30/07) com a escolha dos delegados e delegadas, aprovação de propostas e moções que serão levadas à Conferência Regional, prevista para acontecer durante os dias 1 e 3 de setembro, em local ainda a ser definido.

Durante os três dias, os indígenas discutiram temáticas como Territorialidade e o direito territorial dos povos indígenas; autodeterminação, participação social e o direito à consulta; direitos individuais e coletivos dos povos indígenas; diversidade cultural e pluralidade étnica no Brasil e o Direito à Memória e à verdade; desenvolvimento sustentável de terras e povos indígenas. Este último tema, contou com a facilitação de Adelle Azevedo, engenheira ambiental e técnica da ADELCO.

A Conferência contou ainda com a parceria da Fundação Nacional do Índio (FUNAI/CR NE 2), da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste Minas Gerais e Espírito Santo (APOINME/MR-CE), Coordenação das Organizações e Povos Indígenas do Ceará (COPICE), Organização Mãe Terra Pitaguary, Associação Indígena Kanindé de Aratuba, do Conselho Indígena Jenipapo-Kanindé. Instituto ETHNOS e do Centro de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos (CDPDH).

FOTOS DA CONFERÊNCIA

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Oficina de Comercialização e Comunicação é realizada na aldeia Jenipapo-Kanindé

Os indígenas da etnia Jenipapo-Kanindé participaram na última sexta-feira (03/07), da oficina de “Comercialização e Comunicação”. A atividade faz parte das ações do projeto Etnodesenvolvimento – Ceará Indígena, desenvolvido pela ADELCO com patrocínio da Petrobras.

Os produtores reunidos discutiram as possibilidades de escoamento da produção que é feita na aldeia, visando o comércio e a possibilidade de realização de feiras locais. Dentre as estratégias enumeradas, está a necessidade da criação de grupos produtivos. Também foram pensadas formas de dar visibilidade aos produtos, fazendo uso de ferramentas de comunicação.

Oficina ensina método de monitoramento popular da qualidade da água

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Estudantes fazem análise microbiológica da água

Os estudantes da Escola Indígena Jenipapo-Kanindé, em Aquiraz-CE, receberam uma aula diferente na última quinta-feira(14/05). A equipe do Projeto Matas da Encantada, projeto realizado pela ADELCO com patrocínio da Petrobras, realizou uma Oficina de Monitoramento participativo e popular da água para professores e estudantes.

Os estudantes aprenderam técnicas simples e didáticas de análise da qualidade da água para ser empregada na própria comunidade. O método utilizado é o do “Colipaper” que consiste no uso de cartelas com meios de cultura em forma de gel desidratado. “Aqui é feita a análise microbiológica, indicando a presença de coliformes fecais e totais que acusam se amostra de água coletada e posteriormente analisada está ou não contaminada”, explica Jorge Filipe, consultor do projeto.

Para a engenheira ambiental Adelle Azevedo, técnica do projeto, “A oficina permite a obtenção de informações básicas sobre possíveis problemas de poluição e degradação das fontes de água que abastecem a aldeia Jenipapo-Kanindé”, afirma. “A proposta é que a comunidade utilize a tecnologia nas próximas análises”, complementa Adelle.

Além do monitoramento popular da água, o Projeto Matas da Encantada realiza ainda o monitoramento da qualidade das águas superficial e subterrânea a partir de uma abordagem técnico-científica, com análises laboratoriais.

 Jenipapo-Kanindé: inventário descreve a utilização das espécies vegetais

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A comunidade indígena Jenipapo-Kanindé, em Aquiraz-CE, recebeu ontem (07/05) mais uma oficina para a construção do Inventário participativo da fauna e da flora da região. Agora, a comunidade está concentrada em fazer o levantamento da flora, registrando de que forma são utilizadas as espécies vegetais encontradas na aldeia. A ação faz parte do projeto Matas da Encantada, realizado pela Associação para Desenvolvimento Local Co-produzido (Adelco), com patrocínio da Petrobras.

A atividade contou com a participação dos jovens da comunidade e dos idosos, em um momento marcado pela intensa troca de saberes e tradições. Para o facilitador da oficina, o geógrafo Sávio Magalhães, “a troca de ideias entre as duas gerações fortalece a cultura Jenipapo-Kanindé”, afirma.

Basta um passeio pela mata para que os indígenas reconheçam as plantas utilizadas para fins medicinais, para alimentar o gado, para usar nos rituais ou aquelas usadas no artesanato. “Com o Jatobá fazemos massa para gemada. No tem remédio melhor para a gripe”, exemplifica o agricultor José Cláudio da Silva. Aos poucos, os participantes vão reconhecendo outras espécies como o Pau-Mocó, a Sipaúba, o cipó de fogo, o Pau Ferro, entre outras.

O técnico do projeto, o agrônomo Davi Pinheiro, explica que o inventário da flora ajudará nas ações de reflorestamento da mata nativa que o projeto Matas da Encantada está desenvolvendo na região. Além disso, as informações irão compor o Centro de Informação Ambiental da aldeia, fortalecendo o turismo ecológico e comunitário na região. Está previsto também, uma publicação impressa sobre o tema.

 

FOTOS DA OFICINA

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