Na última sexta-feira (06/03), Patrick Oliveira, coordenador geral da Adelco (Associação para Desenvolvimento Local Co-produzido), e Maristela Pinheiro, coordenadora do projeto Etnodesenvolvimento-Ceará Indígena, estiveram presentes ao bloqueio que o povo Pitaguary realiza desde a última quinta-feira (05), na entrada da estrada que dá acesso ao açude Santo Antônio, em Maracanaú-CE. A equipe da Adelco manifestou apoio aos Pitaguary que lutam pela homologação de suas terras desde 2007.
O bloqueio da estrada feito pelos indígenas visa chamar atenção das autoridades para reduzir a entrada de pessoas nas terras Pitaguary com o intuito de fazer festas à beira do açude Santo Antônio. Para o pajé Barbosa, líder espiritual dos Pitaguary, a invasão que vem acontecendo na reserva, com festas que chegam a ter mais de duas mil pessoas e com a presença de paredões de som, vem tirando o sossego da comunidade. “O princípio do índio é a paz. Sem isso, ele fica na loucura”, afirma o pajé.
Segundo Madalena Pitaguary, liderança indígena, a ação dos indígenas também pede pela homologação imediata da terra pela Presidência da República cujo processo está parado. “Infelizmente, nós temos uma cidade que não reconhece a terra e nem o povo indígena”, afirma Madalena.
A etnia Pitaguary é uma das seis etnias apoiadas pelo projeto Etnodesenvolvimento – Ceará Indígena, que é executado pela Adelco com patrocínio da Petrobras. O projeto tem como perspectiva a melhoria da qualidade de vida de comunidades indígenas do Ceará, dinamizando a economia solidária local, fortalecendo o turismo comunitário e favorecendo melhores condições de segurança alimentar, considerando sempre as diversas culturas e etnias. As outras etnias apoiadas pelo projeto são: Jenipapo-Kanindé, Tapeba, Kanindé de Aratuba, além de ações de sensibilização nas comunidades Anacé e Tremembé.
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