A tradicional Festa do Muncunzá do Povo Kanindé de Aratuba desde ano, foi marcada por diversas apresentações artísticas
No dia 17 de junho, a Adelco participou da 7ª edição da tradicional Festa do Muncunzá do Povo Kanindé de Aratuba. A festa do Muncunzá é um momento de celebração da cultura e da colheita do Povo Kanindé. Esse ano a edição contou com Ritual do Toré, fala de autoridades e parceiros, Drama Kanindé, apresentação de Cordel com o Mestre da Cultura Pádua Queiroz e o professor Reginaldo Kanindé, degustação das comidas típicas, em especial o Muncunzá, e muito forró com Nativos do Forró do Povo Tabajara de Monsenhor Tabosa. Estiveram prestigiando o evento os povos Jenipapo-Kanindé, Tremembé e Tabajara. Para Mateus Tremembé, pesquisador da cultura alimentar e técnico da Adelco, a festa foi muito importante para partilhar conhecimentos. “Fazer festa do Muncunzá significa manter viva a cultura alimentar do povo Kanindé e a garantia de uma gestão coletiva dos saberes e sabores entre as gerações futuras”, completou. Viva a cultura indígena! Viva o Povo Kanindé!
Entrevista com Jorge Tabajara sobre o Marco Temporal
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Adelco lança novo Boletim Tucum
Aqui está mais edição do Boletim Tucum que está repleta de notícias do mês de maio sobre os povos indígenas do Ceará! Clique aqui para ler o PDF na íntegra!
ÚLTIMO MÓDULO DA FORMAÇÃO PARA MULHERES INDÍGENAS TEVE A CARTOGRAFIA SOCIAL COMO TEMA
O último módulo do Curso para Mulheres Lideranças Indígenas, realizado pelo Projeto Tucum – a força da resistência indígena, aconteceu neste mês de maio. Voltado para a cartografia social, ele foi dividido em duas partes, uma acontecendo em Crateús e a outra em Caucaia. Nesse módulo, as mulheres puderam criar o próprio mapa do território e trocar conhecimentos com mulheres de diferentes aldeias durante esse processo de catalogação. Carla Galiza, integrante do Projeto Tucum pelo Esplar, afirma que foi um processo de muitas vivências, de muitos saberes adquiridos e de muita partilha entre as participantes. “Finalizamos esse processo formativo com um tema muito importante para as mulheres indígenas, a cartografia social, que é muito relevante para empoderar politicamente essas participantes”, completa. A formação teve o total de 80h divididas em 5 módulos de 16h cada um, com os temas: Políticas Públicas Para as Mulheres; Agroecologia e Sistemas Agroalimentares; Mulher e Poder: Seu Lugar de Fala; Violência Contra a Mulher e Cartografia Social das Mulheres Indígenas do Ceará. Em torno de 140 mulheres divididas entre as 15 etnias do estado do Ceará participaram da formação que iniciou em março de 2022. Cada módulo buscou abranger mulheres tanto do Sertão e da Mata, quanto do Litoral e da Região Metropolitana, contemplando diversos territórios indígenas em todo o estado. Marciane Tapeba, coordenadora da Articulação de Mulheres Indígenas no Ceará (Amice), contou que a formação veio para fortalecer e colaborar com o movimento de mulheres. “As metodologias participativas foram muito importantes também, essa troca de experiências entre os povos e toda essa construção de conhecimento me encantou bastante”, finalizou. O curso Mulheres Lideranças Indígenas é mais uma realização do Projeto Tucum – a força da resistência indígena, coordenado pelas instituições Esplar e Adelco, e o financiamento da União Europeia, em parceria com a Amice.
Advogada indígena do Ceará é escolhida pela ONU para estágio na Suíça: “resistência e luta”
Indígena do Ceará é escolhida pela ONU para estágio na Suíça
Ao todo, 20 jovens indígenas e quilombolas de todo o país foram escolhidos para participarem do Programa de Bolsas para Indígenas e Quilombolas de Língua Portuguesa de 2023, realizado pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, da ONU. Dentre os escolhidos, está a cearense Milena Kanindé (25), jovem advogada indígena do Povo Kanindé de Aratuba-CE. O programa ocorrerá em duas etapas. A primeira será realizada em Brasília e terá duração de 2 a 3 semanas. Já a segunda terá duração de 4 semanas de treinamento prático no Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, em Genebra-Suíça. Milena Kanindé é a única cearense do grupo. A ida à Suíça deve ocorrer no final de junho deste ano. O programa, existente desde 1997, destina-se a aumentar o conhecimento dos povos Indígenas e Quilombolas sobre os principais mecanismos existentes de direitos humanos da ONU, para que eles possam usá-los para defender os direitos de maneira mais eficaz e levantar suas preocupações a nível internacional. Ao final, os participantes também ministrarão treinamentos sobre o conhecimento adquirido, difundindo o aprendizado em suas comunidades. Para Milena, esta oportunidade fortalecerá a luta dos povos indígenas do Ceará. “Tive interesse em participar desta seleção como mecanismo de fortalecimento e resistência da luta dos povos indígenas pela não violação de direitos. O meu compromisso com os 15 povos articulados no movimento indígena do Ceará é adquirir conhecimento nesse curso que acontecerá em Genebra e disseminar dentro das aldeias, com a juventude e com as minhas lideranças indígenas”, conta. Mini-currículo Milena Kanindé é advogada do Escritório de Advocacia Popular Indígena Ybi; assumiu recentemente a presidência da Comissão Especial de Direitos dos Povos Indígenas, da OAB-Ce; é integrante do Comitê Consultivo da Juventude para a Cooperação, da União Europeia no Brasil; integrante do Departamento Jurídico da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo – APOINME.
Boletim de março
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Conversatório destaca os caminhos da política para indígenas do Ceará
Nesta terça-feira (4), ocorreu um conversatório na ADUFC sobre caminhos políticos para os povos indígenas do Ceará organizado pela ONG indigenista Adelco e o Esplar-Centro de Pesquisa e Assessoria, através do Projeto Tucum. O debate contou com a presença de importantes influências indígenas como Mateus Tremembé, Milena Kanindé e Cacika Irê. A mediação foi realizada pela coordenadora do Tucum, Adelle Azevedo. A Profª. Helena Martins, secretária-geral da ADUFC também participou do momento trazendo pautas importantes como o apoio dos professores ao movimento indígena. “Nosso trabalho é o bem viver desses povos, da sua qualidade de vida. As demandas que têm chegado eu tenho tratado com muito cuidado, mas sempre respeitando nossas lideranças tradicionais, nossas organizações de base, dialogando, consultando”, defendeu Juliana Alves Jenipapo (Cacika Irê), Mestra em Antropologia e secretária da Secretaria dos Povos Indígenas do Ceará (Sepince). No debate, Mateus Tremembé, liderança indígena e técnico de mobilização do Projeto Tucum, também falou sobre sua recente ida a Brasília para apresentar as reivindicações do Movimento Indígena do Ceará e comentou sobre a necessidade de se fazer presente em discussões políticas. “Fomos à Brasília apresentar nossas reivindicações, na Sesai, no Ministério dos Povos Indígenas, na Funai e em outros locais. No Ceará, também estamos juntos com a Sepince. Fomos cobrar lá e estamos aqui para colaborar também. Estamos sempre em busca do diálogo, porque esse é o melhor caminho”, destacou. O “Projeto Tucum – a força da resistência indígena” é uma iniciativa da Adelco, em parceria com o Esplar e o Movimento Indígena do Ceará, financiado pela União Europeia, a partir de seleção em edital nacional. O projeto alcança os 15 povos indígenas de 16 municípios cearenses: Aquiraz, Aratuba, Boa Viagem, Canindé, Caucaia, Carnaubal, Crateús, Maracanaú, Monsenhor Tabosa, Novo Oriente, Pacatuba, Poranga, Quiterianópolis, São Benedito, São Gonçalo do Amarante, Tamboril.
PROJETO TUCUM – ADUFC sedia debate sobre caminhos políticos para os povos indígenas do Ceará no dia 4 de abril, às 18h
A ADUFC sediará, na próxima terça-feira (4), às 18h, um conversatório sobre o tema “Novos cenários e caminhos políticos para os povos indígenas do Ceará”. A atividade é realizada numa parceria entre o Sindicato, a ONG indigenista Adelco e o Esplar-Centro de Pesquisa e Assessoria, através do Projeto Tucum. Participam da roda de conversa a Profª. Helena Martins, secretária-geral da ADUFC; Mateus Tremembé, liderança indígena; Milena Kanindé, do Centro de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos da Arquidiocese de Fortaleza (CDPDH) e do Escritório de Advocacia Popular Indígena Ybi ; e Cacika Irê, da Secretaria dos Povos Indígenas do Ceará (Sepince). A mediação será feita pela coordenadora do Tucum, Adelle Azevedo. O “Projeto Tucum – a força da resistência indígena” é uma iniciativa da Adelco, em parceria com o Esplar e o Movimento Indígena do Ceará, financiado pela União Europeia, a partir de seleção em edital nacional. O projeto alcança os 15 povos indígenas de 16 municípios cearenses: Aquiraz, Aratuba, Boa Viagem, Canindé, Caucaia, Carnaubal, Crateús, Maracanaú, Monsenhor Tabosa, Novo Oriente, Pacatuba, Poranga, Quiterianópolis, São Benedito, São Gonçalo do Amarante, Tamboril. A ação visa consolidar a autonomia político-organizativa dos povos indígenas do Ceará, com formações em direitos humanos, violação de direitos, ativismo digital, violência contra a mulher, formação de professores e de lideranças, dentre outras. Através de articulação com o Esplar, o Projeto Tucum desenvolve ações direcionadas às mulheres indígenas, com foco no processo de fortalecimento de suas autonomias e empoderamento. Também resultou do projeto a criação, em 2021, do primeiro escritório indígena de advocacia do Ceará, o Ybi, que conta com dois advogados indígenas para acompanhamento de pautas coletivas dos povos. “Sabemos que o Projeto Tucum tem condições de contribuir para o enfrentamento às violações de direitos indígenas e para a salvaguarda dos seus direitos constitucionais, através de apoio jurídico qualificado, capacitações e formações, acesso à informações e ampliação da rede de articulação”, reforça Adelle Azevedo, coordenadora do Projeto Tucum, que foi lançado em 2021 e segue com atividades até o fim de 2024. Fonte: ADUFC SINDICATO
Organizações indígenas do Ceará vão a Brasília cumprir agenda estratégica
Nos dias 15, 16 e 17 de março, uma delegação formada por lideranças indígenas do Ceará cumpriram uma agenda estratégica em Brasília. Os encontros contemplaram os seguintes orgãos: Ministério dos Povos Indígenas, Ministério da Educação, Defensoria Pública da União- DPU, Fundação Nacional dos Povos Indígenas – FUNAI, Secretaria Especial de Saúde Indígena – SESAI, Supremo Tribunal Federal – STF, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA e outros encontros no Congresso Nacional, com os deputados Idilvan Alencar e José Airton Cirilo e a deputada Célia Xacriabá. Na delegação, estiveram presentes representantes da Federação dos Povos Indígenas no Ceará – FEPOINCE, da Articulação das Mulheres Indígenas no Ceará – AMICE, da Comissão da Juventude Indígena do Ceará – COJICE e da Organização de Professores Indígenas do Ceará – OPRINCE. As reuniões com os setores que constroem os três poderes da república tiveram como finalidade principal o fortalecimento da autonomia institucional das organizações indígenas do Ceará com as instituições do Estado Brasileiro, que tem como missão principal a criação e execução de políticas públicas para territórios indígenas e também julgar decisões que impactam diretamente na vida e na relação dos povos com seus territórios. Também nessa agenda em Brasília as lideranças indígenas pautaram o desafio do acesso às políticas públicas de inclusão produtiva e social e a urgente necessidade de fiscalização e regularização fundiária das 24 Terras Indígenas (TI) do Ceará. Apenas uma TI se encontra demarcada até o momento. A secretária da Secretaria dos Povos Indígenas e seu secretário executivo também estiveram acompanhando a delegação em Brasília. “A presença deles fortaleceu e ampliou o olhar sobre as organizações indígenas e o importante dialogo com o governo estadual e federal, na efetivação das politicas públicas e na construção de solução para os problemas enfrentado nos territórios”, declarou Mateus Tremembé, liderança do seu povo e técnico de mobilização do Projeto Tucum – a força da resistência indígena. A agenda na capital federal contou com a parceria da Adelco e de outras instituições, como o Esplar e o CDPDH – Centro de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos da Arquidiocese de Fortaleza. Parlamentares estaduais também deram suas colaborações e garantiram a ida de 14 lideranças indígenas. “Agradecemos todo mundo que colaborou para nossa articulação acontecer, incluindo os amigos e amigas do MST pelo apoio na articulação da hospedagem das nossas lideranças indígenas na capital do país”, destacou Mateus.