Jovens indígenas cearenses expõem fotografias no Porto Iracema das Artes
Uma mostra reunindo imagens produzidas por jovens dos povos Tapeba, Tremembé, Jenipapo Kanindé, Tabajara, Kanindé, Pitaguary estará aberta a visitação a partir desta quarta (11) na Galeria Leonilson, no Porto Iracema das Artes. O espaço recebe a Exposição da Juventude Indígena, sob a curadoria do fotógrafo Iago Barreto, ex-aluno da Escola. A programação de abertura da exposição inicia às 14h, no auditório do Porto, com uma fala de lideranças indígenas representadas pela Comissão de Juventude Indígena do Ceará (Cojice), que tem pautado comunicação e arte em suas aldeias. Participarão, também, parceiros do movimento indígena como a Associação Para o Desenvolvimento Local Co-Produzido (Adelco) e Iago Barreto. Logo após, o povo Tapeba realiza uma manifestação cultural com Dança Guerreira, no Hall do café, às 15h. A partir das 16h as obras poderão ser conferidas pelo público na Galeria. A exposição traz uma seleção de cerca de 30 obras feitas por 17 fotógrafos e dois coletivos indígenas. As imagens mostram a diversidade do olhar dos jovens que, por meio do acesso aos equipamentos digitais, puderam explorar o cotidiano das aldeias, os eventos, retratar seus familiares e amigos a partir de suas próprias perspectivas. Esta é a primeira exposição no Estado a reunir fotos feitas pelos próprios jovens indígenas de diversas etnias. A mostra ficará aberta ao público até o dia 11 de maio na Galeria Leonilson, antiga sala A1 do Porto, adaptada especialmente para abrigar mostras de artes visuais. A escolha do nome para o espaço é uma homenagem a José Leonilson Bezerra Dias (1957-1993), artista cearense que atuou como pintor, desenhista e escultor, cujo trabalho se tornou referência na arte contemporânea brasileira. Mais informações: Abertura da Exposição da Juventude Indígena do Ceará, na Escola Porto Iracema das Artes (Rua Dragão do Mar, 160) Programação: Dia 11 de abril 14h – Fala de lideranças Indígenas no Auditório 15h – Manifestação Cultural com dança guerreira do povo Tapeba, no Hall do café 16h – Abertura da exposição Visitação até 11 de maio. Gratuito Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/editorias/verso/online/jovens-indigenas-cearenses-expoem-fotografias-no-porto-iracema-das-artes-1.1922095
Adelco participa de seminário sobre Terras Indígenas no Cerrado e Caatinga
O evento aconteceu nos dias 25 a 27 de setembro, no Instituto São Boa Ventura, Brasília-DF. Cerca de quarenta pessoas estiveram presentes, dentre elas indígenas das etnias Terena, Karajá, Xavante, Bakairi, Caxixó, Tapeba, Kapinawá, Xakriabá, Tremembé, Tapuio, Xerente, Pakararu, Kambiwá e Guajajara, povos da Caatinga, Cerrado e do Maranhão. O Seminário teve como objetivo a troca de experiências vividas e aprendizados gerados com a elaboração de projetos de PGTAS no cerrado e Caatinga, analisando também a interface da gestão territorial e ambiental com as mudanças do Clima nas Terras Indígenas. Com este evento, encerraram-se os projetos contemplados pelo edital de 2014, do ISPN/PNUD/MMA/FUNAI/FUNDO CLIMA. A Adelco foi uma das instituições prestigiadas à época e com o recurso desenvolveu o PGTA Tapeba (clique para ler). Na comissão do Ceará, estava a Adelco e João Cassimiro, representante do povo Tapeba, organizadores do PGTA Tapeba; a Ethnos Socioambiental e o Instituto Aldeia Verde, com Mateus, Clediane, Itamar e Paulinha, indígenas do povo Tremembé, responsáveis pelo PGTA Tremembé. “A atividade foi bastante rica e diversa. Foi possível ver as diferentes metodologias e estratégias para a elaboração dos PGTAs, do etnomapemaneto e do etnozoneamento”, destaca Adelle Azevedo, coordenadora executiva da Adelco, presente no evento. Fonte: Comunicação Adelco
VIII Jogos dos Povos Indígenas do Ceará iniciam nesta quinta, 20
A solenidade de abertura acontece na Praça Maria Cavalcante Rocha (Praça do Anfiteatro), em Caucaia-Ce, nesta quinta, 20, a partir das 19h. O município da região metropolitana de Fortaleza, terra do povo Tapeba, sediará todo o evento. A organização será do Centro de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos da Arquidiocese de Fortaleza (CDPDH), em parceria com o Movimento Indígena e o Governo do Estado do Ceará. Os jogos contam com a presença das 14 etnias que vivem em 19 municípios: Tapeba, Tabajara, Potyguara, Pitaguary, Tremembé, Anacé, Kanindé, Tapuia-Kariri, Jenipapo-Kanindé, Kalabaça, Tubiba – Tapuia, Kariri, Gavião e Tupinambá. A Adelco estará na solenidade de abertura como instituição parceira do movimento. Eventos como estes são importantes momentos de integração entre os povos. Para Adelle Azevedo, coordenadora executiva da Adelco, essa integração é importante pois passa a ser também uma troca de culturas. “Cada povo tem suas características, suas danças, suas pinturas. É muito bonito ver isso celebrado também nos Jogos Indígenas”, destaca. Serviço: VIII Jogos dos Povos Indígenas do Ceará Quando: quinta, 20 de setembro Onde: Praça Maria Cavalcante Rocha (Praça do Anfiteatro) – Rua Coronel Correia, s/n. Centro. Caucaia-Ce Hora: 19h
Nota de Solidariedade
A Adelco lamenta profundamente a violência sofrida pela cacique e liderança Madalena Pitaguary. O fato ocorreu na noite desta quarta-feira, 12, nas terras de seu povo. Sabemos da força dos Pitaguarys e que Madalena, mulher guerreira e protegida por seus encantados, superará o ocorrido, ao mesmo tempo que cobramos aos poderes responsáveis as providências que precisam ser tomadas. A Adelco acompanha o caso desde o primeiro momento e, em solidariedade, coloca-se à disposição para colaborar com o que for possível. Equipe Adelco
Adelco participa da I Reunião da Comissão Interinstitucional de Educação Escolar Indígena
O encontro ocorreu nos dias 20 e 21 de agosto, no Hotel Iracema Travel, na Praia de Iracema, e reuniu lideranças do movimento indígena, técnicos das Coordenadorias Regionais de Desenvolvimento da Educação – Crede e instituições parceiras. A Adelco esteve presente. Cerca de 60 pessoas participaram do evento que teve como objetivo: tratar do concurso público diferenciado para professor indígena com lotação na SEDUC; construção do Regimento Interno da Comissão Interinstitucional de Educação Escolar Indígena e estabelecer o grupo responsável pela elaboração inicial do edital do concurso. Alguns dos itens deliberados no encontro foram: 1) Apenas professores/as indígenas poderão prestar o concurso; 2) A comprovação de identidade étnica se dará em duas formas obrigatórias: primeiro, a autoidentificação; segundo, um documento assinado por uma associação e por lideranças indígenas daquele povo; 3) Para concorrer à vaga de uma escola, o/a candidato deve ser da própria etnia ou ser comprovadamente integrado a ela; 4) O concurso abrangerá todos os níveis de Ensino: Infantil, Fundamental, Médio e EJA; 5) A prova será diferenciada, respeitando as especificidades do ensino-aprendizagem indígena; Para a Adelco é essencial ampliar nosso apoio, para além das questões ambientais. “É importante apoiar os indígenas em todas as esferas necessárias, sejam elas cultural, social, político, educacional”, explica Artur Alves, sociólogo e técnico da Adelco. “Essa comissão é uma vitória histórica do movimento indígena”, reforça. Sobre a Comissão A Comissão Interinstitucional de Educação Escolar Indígena (CIEEI) é um grupo criado desde 2018 pela SEDUC a partir do diálogo com professores/as e lideranças indígenas. De acordo com a Coordenadora de Diversidade e Inclusão Educacional Nohemy Rezende Ibanez, as instituições governamentais e não governamentais presentes foram escolhidas pelos próprios indígenas. A CIEEI é formada por representantes (titulares e suplentes) dos 14 povos organizados no movimento indígena no Ceará. Três organizações indígenas também fazem parte dela: OPRINCE, APOINME, e FEPOINCE. Há três Secretarias de Educação com cadeiras na Comissão: a estadual (SEDUC), a Municipal de Caucaia e a Municipal de Maracanaú, bem como o Conselho Estadual de Educação. A organização não governamental participante junto com a Adelco é o Centro de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos da Arquidiocese de Fortaleza (CDPDH). As Universidades participantes são: UECE, UFC, Unilab e UVA. Outras instituições: Funai, DPU, DSEI, MPF e SECITECE. A lista completa de componentes está no Diário Oficial do Estado, publicado em 07 de agosto de 2018, página 19. Disponível aqui. Sobre a situação escolar indígena O concurso público proverá 200 vagas para professores indígenas das escolas diferenciadas. Atualmente, são 38 escolas ligadas a rede estadual, contemplando as 14 etnias em 16 municípios, mobilizando 08 CREDEs. O quadro é de mais de 700 professores/as indígenas trabalhando nas escolas. Estão na situação de contrato temporário, o que a professora Nohemy Ibanez descreveu como um “vínculo precário”. O concurso de 200 cargos não será capaz de atender a toda essa demanda. Há 6861 alunos/as matriculados, somando-se todos os todos os níveis de ensino: Infantil, Fundamental, Médio e EJA. A maior parte dos/as alunos/as está concentrada no Ensino Fundamental Regular, embora a EJA também seja forte, onde as turmas de Fundamental também se destacam. O Ensino Médio, seja Regular ou EJA, conta com números baixos, demonstrando que a transição de alunos/as do Fundamental para o Médio nas Escolas Indígenas ainda é um desafio. Para saber mais sobre o tema Educação Indígena, clique aqui. Fonte: Comunicação Adelco
Fepoince lança campanha de arrecadação de móveis e equipamentos de escritório
A Federação dos Povos e Organizações Indígenas do Ceará – Fepoince realiza sua primeira campanha de arrecadação de móveis e equipamentos para sua sede, que fica na aldeia Monguba, do povo Pitaguary, em Pacatuba. A Adelco e o Esplar são parceiros desta ação. A entidade receberá cadeiras, mesas, computadores, impressoras, calculadoras e outros materiais de escritório. Móveis para quarto também serão bem vindos, já que a casa também recebe visitantes e parentes de outras etnias. A única exigência é que sejam materiais com boas condições de uso, afirma Ceiça Pitaguary, coordenadora da Fepoince. A campanha segue até novembro e tem o objetivo de dar uma cara mais institucional para a maior organização indígena no Ceará, além de permitir que o espaço tenha condições de receber reuniões importantes de articulação dos povos indígenas, como seminários, assembleias, palestras. Como doar: A Adelco e o Esplar serão ponto de coleta. Se você tem algo para doar, pode deixar em qualquer um dos endereços abaixo: Adelco: Rua Barão de Aracati, 2200, casa 44, Joaquim Távora, Fortaleza – Ce. Fone: (85) 3264.4492 Esplar: Rua Princesa Isabel, 1968 – Benfica, Fortaleza – CE. Fone: (85) 3221-1324 Para entrar em contato direto com a Fepoince, basta ligar para: 85 99766-8489, Ceiça Pitaguary, coordenadora. Email: fepoince@gmail.com. Fonte: Comunicação Adelco com informações da Fepoince
Artigo: Os inimigos dos povos indígenas…
Os inimigos dos povos indígenas não ficaram no passado colonial Celebra-se em 09 de agosto o Dia Internacional dos Povos Indígenas, instituído pela ONU em 1994. Existem, no Ceará, 14 povos articulados no movimento indígena, morando em mais de 100 aldeias, situadas em pelo menos 26 municípios. Os direitos das populações tradicionais continuam violados. São diversos os empreendimentos, fazendas, pedreiras, dentre outros, que invadem as terras tradicionalmente ocupadas e trazem grande risco aos indígenas. A data especial é um momento de reflexão sobre os direitos indígenas: em que medida eles são postos em prática? São suficientes? Procuramos responder a isso a partir das experiências de trabalho e pesquisa na Adelco, que podem ser consultadas no site da instituição: adelco.org.br. Legislações brasileiras e internacionais asseguram direitos em áreas como: educação, seguridade social, cultura, meio ambiente e território. A relação dos indígenas com a terra é tanto material quanto espiritual. É nas terras que os povos se fortalecem física e culturalmente, e é nelas que as demais garantias se efetivam. O direito à terra é primordial. O cumprimento de muitos direitos ainda está distante. Há 24 Terras Indígenas que não completaram o processo de demarcação. Todas já extrapolaram o prazo de cinco anos para isso, determinado pela Constituição. Algumas aguardam há décadas. Outro exemplo é a educação diferenciada indígena, que não conta com o apoio suficiente do poder público em relação a materiais didáticos específicos, concursos diferenciados para professores/as indígenas e maior autonomia curricular das escolas. A segurança em Terras Indígenas é um grande problema. Enquanto bem da União, deveriam ser protegidas pela Polícia Federal, que por sua vez não faz policiamento ostensivo. Como consequência, ficam vulneráveis a ações criminosas, um risco a todos. O direito previdenciário é insuficiente. O modo de vida e as técnicas de trabalho indígenas são desconsiderados pelo INSS, seja nas entrevistas ou nas condições impostas para o segurado especial. São necessárias leis que tratem da condição de segurado indígena. A efetivação e ampliação dos direitos indígenas não é interesse apenas desses povos. A busca pela justiça social para todas as esferas da população é objetivo de quem almeja uma sociedade mais digna. As conquistas de cada grupo social também são vitória de todos. Artigo de: Artur Alves – Sociólogo e técnico da Adelco.
Povo Kanindé realiza o II Seminário de Medicina Tradicional
O evento acontece na Aldeia Fernandes, em Aratuba, no Centro de Medicina Tradicional, durante todo o dia 16 de agosto, a partir das 9h, com oficinas, palestras e exposição de documentário produzido pelos próprios jovens indígenas. O objetivo do encontro é, através da oralidade e das práticas da aldeia, fortalecer e resgatar o que vem sendo mantido por alguns indígenas. São várias as estratégias usadas para preservar e ensinar os conhecimentos tradicionais; inúmeras práticas medicinais encontradas nas experiências de rezadores e indígenas que buscaram e conseguiram a sua cura física e espiritual por meio das plantas. Na programação, as oficinas e palestras contam com falas de rezadeiras, parteiras, cachimbeiras e pessoas que obtiveram curas através das plantas medicinais; também haverá a comparação de experiências entre a medicina convencional e as práticas medicinais indígenas. A organização do evento é do Grupo de Articulação da Juventude (AJK) e da Equipe Multidisciplinar de Saúde Indígena – formada por médico, enfermeiro, dentista, auxiliar de enfermagem, auxiliar de saúde bucal e pelos agentes indígenas de saúde e de saneamento. Saiba mais sobre os Povos Kanindé de Aratura e os Kanindé de Canindé. II Seminário de Medicina Tradicional Onde: Centro de Medicina Tradicional – Aldeia Fernandes, em Aratuba. Quando: 16 de agosto, a partir das 9h Fonte: Comunicação Adelco, com informações do Grupo de Articulação da Juventude (AJK)
Povo Pitaguary realiza mais uma Festa do Milho
Milho cozido, mugunzá doce e salgado, pamonha, bolos, canjica, encontros e espiritualidade foram os principais alimentos para a tradicional Festa do Milho do Povo Pitaguary, que aconteceu no sábado, 28, na Aldeia Olho D´água, em Maracanaú. A equipe da Adelco foi prestigiar o festejo que marca a fartura da colheita deste ano. “Esse momento é muito importante para os Pitaguary, não é a toa que outros povos e parceiros prestigiaram a festa. É um momento para agradecer aos encantados a fartura da terra, ofertando o que dela foi colhido”, enfatiza Lourdes Vieira, coordenadora do Projeto Urucum, da Adelco. Conheça o Projeto Urucum aqui. Na cerimônia de abertura, o Cacique Cauã e o Pajé Barbosa fizeram as principais falas de agradecimento e acolhimento. Ceiça Pitaguary, liderança de seu povo e presidente da Fepoince, ressaltou as lutas judiciais que os Pitaguary estão passando para ter direito a sua terra. “Nossa luta é desigual, o momento é difícil, mas estamos fazendo festa por que isso nos fortalece”, reforça. Alguns indígenas também foram batizados pelo Pajé Barbosa, num ritual que contou com a presença de jovens de outros povos e os padrinhos de cada batizado. As crianças também tiveram seu momento, com um desfile mirim para eleger os curumins do milho e um toré. A cantora Eliane Brasileiro também apresentou-se, animando ainda mais a festa. Fonte: Comunicação Adelco
Artigo sobre educação indígena é publicado em seminário nacional
Artur Alves de Vasconcelos, técnico do projeto Urucum, da Adelco, e Ronaldo de Queiroz Lima, ex-coordenador do mesmo projeto, publicaram o artigo “EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA NO CEARÁ: uma análise sobre as legislações estaduais e as demandas dos povos” nos anais do V Seminário Nacional de Ensino e Interdisciplinaridade. O evento aconteceu nos dias 11 a 13 de abril, em Mossoró – RN. O texto é um resumo do artigo de mesmo assunto que fará parte do dossiê que a Adelco escreve junto com o Movimento Indígena no Ceará. Tenha acesso em breve. Para ter acesso ao conteúdo completo, clique aqui. Fonte: Comunicação Adelco