Estudantes realizam vivência agroecológica na comunidade Jenipapo-Kanindé

O Grupo de Estudos e Práticas em Permacultura (GEPPE), da Universidade Federal do Ceará (UFC) e o Grupo Verde Agroecológico Alternativo (GVAA), da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), de Mossoró-RN, estiveram ontem (22/03) na aldeia indígena Jenipapo-Kanindé para conhecer as ações agroecológicas do Projeto Matas da Encantada, realizado pela Associação para Desenvolvimento Local Co-produzido (ADELCO) e patrocinado pela Petrobras. Dentre as ações visitadas, os estudantes conheceram as áreas onde o cultivo é feito através do Sistema Agroflorestal (SAF), técnica que combina a produção de alimentos (plantios e criação de animais) com a preservação das árvores nas áreas de cultivo. Isso evita o desmatamento e a queima do roçado, preservando o ambiente. A turma realizou ainda uma das trilhas ecológicas existentes na comunidade, no qual é possível conhecer o Museu Indígena Jenipapo-Kanindé.

Adelco divulga – CARTA CONVOCATÓRIA ACAMPAMENTO TERRA LIVRE 2015

Carta – Em defesa das terras e territórios indígenas     Passados 26 anos da promulgação da Constituição Federal, que consagrou os direitos fundamentais dos povos indígenas à diferença e às terras que tradicionalmente ocupam, o Estado Brasileiro, ao invés de garantir a efetivação desses direitos – também protegidos pelo direito internacional – parece continuar determinado a suprimi-los, comprometendo a integridade física e cultural dos primeiros habitantes desta terra chamada Brasil. Um exemplo emblemático desse processo de supressão de direitos é a Proposta de Ementa a Constituição – PEC 215. O ataque sistemático aos direitos dos povos indígenas é inadmissível numa sociedade democrática e plural, onde os mesmos são hoje tratados como moeda de troca e de barganha política. Mas os povos indígenas já deram provas suficientes de que não cederão a essa nova ofensiva, carregada de ódio, discriminação, racismo e incitação à violência, promovidos pelos por representantes do poder político e econômico. É para dar continuidade a essa luta que a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil – APIB, convoca a todos os povos, organizações e lideranças indígenas e seus aliados e parceiros a participarem do Acampamento Terra Livre (ATL) – Em defesa das terras e territórios indígenas, a ser realizado em Brasília – DF de 13 a 16 de abril de 2015. Simultaneamente, nesse período, os povos e organizações indígenas estarão também promovendo mobilizações nas distintas regiões do país. O ATL é a maior mobilização nacional que reúne, há mais de 11 anos na Capital Federal, em torno de 1.000 representantes dos povos indígenas de todas as regiões do país. O objetivo é de mostrar não só a diversidade e riqueza sociocultural indígena, mas também a forma como são tratados pelo Estado e, sobretudo, como querem que seus direitos sejam mantidos e efetivados, em respeito à Constituição Federal e à legislação internacional de proteção e promoção dos Direitos Humanos, que inclui a Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas. O Acampamento acontece pelo esforço conjunto de cada uma das delegações, que se articulam e mobilizam para conseguir apoio na forma de transporte e alimentação para os/as participantes no deslocamento até Brasília, bem como a logística e infraestrutura durante o evento. Desta forma, nós que fazemos o Movimento Indígena Cearense, organizados por meio da Coordenação das Organizações e Povos Indígenas do Ceará – COPICE e Articulação das Organizações e Povos Indígenas do Nordeste Minas Gerais e Espírito Santo – APOINME/Micro Região do Ceará, atendendo a convocatória da APIB, estamos concentrando esforços para garantir a participação da nossa delegação no ATL/2015. O Ceará é estado mais atrasado no que tange a demarcação de terras indígenas no país. Das 22 terras indígenas registradas, apenas uma está com o seu processo de regularização fundiária concluído. As demais terras indígenas são alvo de constantes conflitos, judicialização e objeto de disputas por setores historicamente contrários aos nossos interesses. Somos um estado rico em população indígena, com a presença de 14 povos indígenas em pelo menos 19 municípios cearenses, com uma população estimada em 30 mil indígenas. Nosso grito de denúncia à violação dos nossos direitos precisa ecoar em Brasília. Nossas angústias precisam ser socializadas. Nossa força e resistência precisa somar-se às lutas de tantos povos guerreiros que estarão se deslocando para a Capital Federal. Para que nossa participação seja viabilizada e assim, nossos objetivos sejam alcançados, contamos com a ajuda de aliados e simpatizantes da nossa luta. Faça dessa causa também a sua. MOBILIZAÇÃO NACIONAL INDÍGENA ARTICULAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL – APIB ARTICULAÇÃO DOS POVOS E OIRGANIZAÇÕES INDÍGENAS DO NORDESTE MINAS GERAIS E ESPÍRITO SANTO – APOINME-MR/CE COORDENAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES E POVOS INDÍGENAS DO CEARÁ – COPICE Confira CARTA CONVOCATÓRIA

Confira entrevista sobre Inventário Participativo Ambiental dos Jenipapo-Kanindé

      Entrevista sobre o inventário fotográfico da fauna e flora da região que abrange a aldeia indígena Jenipapo-Kanindé, em Aquiraz-CE. A proposta é observar e pesquisar quais as principais espécies vegetais e animais, com destaque para os pássaros, existentes no território, fotografar e listar o nome popular e científico. O projeto Matas da Encantada é realizado pela Associação para Desenvolvimento Local Co-produzido (Adelco) e patrocinado pela Petrobras. Confira entrevista realizada pela Rádio Universitária FM (107,9) no dia 12 de março de 2015 com a participação de Marciano Moreira, coordenador do projeto Matas da Encantada. #assessoria  

Equipe do Matas da Encantada avalia primeiro ano de atuação do projeto

Mesmo sob a forte de chuva da última quinta-feira (05/03), a comunidade indígena dos Jenipapo-Kanindé, em Aquiraz-CE, reuniu-se na Pousada mantida pelos indígenas para avaliar o primeiro ano das ações do Projeto Matas da Encantada, desenvolvido pela Associação de Desenvolvimento Local Co-produzido (Adelco) com patrocínio da Petrobras. A avaliação aconteceu a partir de três eixos: visão geral do projeto, equipe técnica e da participação da comunidade. Dentre as ações avaliadas, estão a adoção do Sistema Agroflorestal (SAF); a construção das fossas ecológicas e cisternas de ferrocimento; a implantação das Trilhas ecológicas; e as oficinas de educação ambiental. Entre os desafios colocados para o próximo período, está em ampliar a participação dos indígenas nas ações do Matas da Encantada. Para João Santana, da aldeia Jenipapo-Kanindé, “Este é um projeto de autossustentação e os índios precisam estar cientes de que é para a comunidade. A comunidade precisa participar porque senão o projeto não funciona”, afirma.

Adelco manifesta apoio ao povo Pitaguary

Na última sexta-feira (06/03), Patrick Oliveira, coordenador geral da Adelco (Associação para Desenvolvimento Local Co-produzido), e Maristela Pinheiro, coordenadora do projeto Etnodesenvolvimento-Ceará Indígena, estiveram presentes ao bloqueio que o povo Pitaguary realiza desde a última quinta-feira (05), na entrada da estrada que dá acesso ao açude Santo Antônio, em Maracanaú-CE. A equipe da Adelco manifestou apoio aos Pitaguary que lutam pela homologação de suas terras desde 2007. O bloqueio da estrada feito pelos indígenas visa chamar atenção das autoridades para reduzir a entrada de pessoas nas terras Pitaguary com o intuito de fazer festas à beira do açude Santo Antônio. Para o pajé Barbosa, líder espiritual dos Pitaguary, a invasão que vem acontecendo na reserva, com festas que chegam a ter mais de duas mil pessoas e com a presença de paredões de som, vem tirando o sossego da comunidade. “O princípio do índio é a paz. Sem isso, ele fica na loucura”, afirma o pajé. Segundo Madalena Pitaguary, liderança indígena, a ação dos indígenas também pede pela homologação imediata da terra pela Presidência da República cujo processo está parado. “Infelizmente, nós temos uma cidade que não reconhece a terra e nem o povo indígena”, afirma Madalena. A etnia Pitaguary é uma das seis etnias apoiadas pelo projeto Etnodesenvolvimento – Ceará Indígena, que é executado pela Adelco com patrocínio da Petrobras. O projeto tem como perspectiva a melhoria da qualidade de vida de comunidades indígenas do Ceará, dinamizando a economia solidária local, fortalecendo o turismo comunitário e favorecendo melhores condições de segurança alimentar, considerando sempre as diversas culturas e etnias. As outras etnias apoiadas pelo projeto são: Jenipapo-Kanindé, Tapeba, Kanindé de Aratuba, além de ações de sensibilização nas comunidades Anacé e Tremembé. #assessoria              

Comunidade indígena Jenipapo-Kanindé realiza inventário fotográfico da fauna e flora

O projeto Matas da Encantada, realizado pela Associação para Desenvolvimento Local Co-produzido (Adelco) e patrocinado pela Petrobras, iniciou na última terça-feira, 03/03, o inventário fotográfico da fauna e flora da região que abrange a aldeia indígena Jenipapo-Kanindé, em Aquiraz-CE. A proposta é observar e pesquisar quais as principais espécies vegetais e animais, com destaque para os pássaros, existentes no território, fotografar e listar o nome popular e científico. O inventário está sendo realizado de forma participativa, com a o apoio da comunidade indígena através de oficinas. Com isso, o registro dos aspectos ambientais da comunidade é feito a partir da memória, tradição cultural e saberes ambientais dos indígenas. “O inventário é uma forma de sensibilizar e reafirmar a importância do meio ambiente para os Jenipapo-Kanindé. Os mitos, as lendas e os costumes indígenas estão muito ligados à preservação deste território indígena que é composto por matas virgens e campos de dunas, mas que sofre com a degradação ambiental”, explica Marciano Moreira, coordenador do projeto Matas da Encantada. O material coletado será transformado em uma publicação impressa e um acervo para o museu indígena Jenipapo-Kanindé, subsidiando as ações culturais e ambientais. Além disso, o inventário ajudará a compor o Centro de Informação Ambiental da aldeia, fortalecendo o turismo ecológico e comunitário na região. Mais informações: Assessoria de Imprensa da Adelco: Isabelle Azevedo (85) 99624420 ou Ivna Girão (85) 88175149

No Ceará, indígenas mobilizam-se rumo ao Acampamento Terra Livre

Reunião de trabalho define ações para a ida de lideranças indígenas ao evento que será realizado em Brasília entre os dias 12 e 16 de abril Lideranças dos povos indígenas das etnias Pitaguary, Tapeba, Anancés, Kanindé de Aratuba, Tremembés e Jenipapo-Kanindé estarão na próxima segunda-feira, 09/03, às 9h, no escritório da Associação para Desenvolvimento Local Co-produzido (Adelco – Rua Barão de Aracati, 2200, casa 44, Joaquim Távora) numa reunião de trabalho para discutir ações dos povos indígenas do Ceará para o Acampamento Terra Livre, que será realizado de 12 a 16 de abril, em Brasília. A reunião de trabalho terá ainda como pauta a organização do seminário preparatório para o Acampamento que versará sobre os Direitos dos Povos Indígenas. O tema está na ordem do dia desde que um conjunto de projetos de leis e emendas constitucionais, apresentados ao Congresso Nacional, vem colocando em risco os direitos constitucionais dos povos indígenas. Dentre eles estão a PEC 215, que versa sobre a demarcação de terras indígenas. O seminário será parte da ação do Projeto Etnodesenvolvimento- Ceará Indígena, patrocinado pela Petrobras e executado pela Adelco. O projeto tem como perspectiva a melhoria da qualidade de vida de comunidades indígenas do Ceará, dinamizando a economia solidária local, fortalecendo o turismo comunitário e favorecendo melhores condições de segurança alimentar, considerando sempre as diversas culturas e etnias. Mobilização para o Acampamento Os Povos Indígenas do Brasil estarão reunidos de 12 a 16 de abril, em Brasília, para reivindicar os direitos indígenas, lutar pela demarcação de seus territórios e contra a violação de direitos. No Ceará, os indígenas estão em uma forte mobilização para enviar seus representantes a Brasília. Para isso, realizam uma campanha de apoio financeiro que servirá para custear as despesas de alimentação e transporte durante a viagem e a permanência em Brasília-DF. Quem desejar contribuir pode entrar em contato pelo e-mail: marcytapeba@yahoo.com.br. SERVIÇO: Reunião de trabalho das lideranças indígenas rumo ao Acampamento Terra Livre – Segunda-feira, 09/03, às 9h, no escritório da Adelco (Adelco – Rua Barão de Aracati, 2200, casa 44, Joaquim Távora) Mais informações: Assessoria de Imprensa da Adelco: Isabelle Azevedo (85) 99624420 ou Ivna Girão (85) 88175149

Jenipapo-Kanindé recebe oficina de avaliação e planejamento do projeto Etnodesenvolvimento Ceará Indígena

  O projeto Etnodesenvolvimento – Ceará indígena realizou na última sexta-feira (27/02), na aldeia Jenipapo-Kanindé, em Aquiraz-Ce, a oficina de avaliação sobre o primeiro ano do projeto e o planejamento das ações para 2015. Entre as ações previstas para este ano, estão a reforma da pousada; a construção de um espaço de convivência para a comunidade, em formato de oca; a retomada de práticas para o início da produção agrícola no sistema de mandala e a segunda etapa de implantação dos quintais produtivos. O projeto Etnodesenvolvimento – Ceará Indígena, patrocinado pela Petrobras e executado pela Associação para Desenvolvimento Local Co-Produzido (Adelco), tem como perspectiva a melhoria da qualidade de vida de comunidades indígenas do Ceará, dinamizando a economia solidária local, fortalecendo o turismo comunitário e favorecendo melhores condições de segurança alimentar, considerando sempre as diversas culturas e etnias.

Oficina de Trilhas Ecológicas: participantes recebem certificados

O projeto Matas da Encantada, desenvolvido na comunidade Jenipapo-Kanindé, em Aquiraz-CE, realizou no último sábado (17/01) a entrega dos certificados da oficina da oficina de formação de guias para trilhas ecológicas. Quinze jovens e adultos participaram da capacitação ministrada por Sávio Magalhães, mestre pelo PRODEMA/UFC e doutorando em geografia pela Universidade Federal do Ceará. A oficina foi o primeiro passo para uma série de ações do Projeto Matas da Encantada, patrocinado pela Petrobras e realizado pela Adelco. O projeto prevê a sinalização e regulamentação de trilhas no território indígena do Jenipapo-Kanindé, de acordo com os princípios do turismo comunitário, ecologicamente correto e sustentável. Ao todo, são cinco trilhas que o visitante poderá escolher: a dos roçados, lagoa da encantada, sucurujuba, do marisco e a do morro do urubu. A partir das trilhas, é possível ver a diversidade da flora e fauna da terra indígena, os olhos d´ água, as lagoas, bem como toda a extensão do território. Em breve, o local receberá sinalização adequada e estará pronto para visitação.

Aldeia Jenipapo-Kanindé recebe construção de cisternas e fossas ecológicas

Por Isabelle Azevedo|Comunicação Adelco As primeiras cisternas da comunidade Lagoa Encantada, na aldeia indígena Jenipapo-Kanindé, em Aquiraz-CE, já estão prontas. 16 cisternas de ferrocimento esperam apenas a chuva para encher o reservatório. Ao todo, mais de 80 cisternas deverão ser construídas na localidade. A ação faz parte do projeto Matas da Encantada Jenipapo-Kanindé, que tem patrocínio da Petrobras e é executado pela Associação para Desenvolvimento Local Co-produzido (Adelco). A construção das cisternas pretende ajudar no acesso da população da aldeia Jenipapo-Kanindé à água, já que a comunidade enfrenta problemas sérios de abastecimento. Para Maria de Lourdes da Conceição Alves, a Cacique Pequena, o sistema de cisterna vai melhorar 100% o abastecimento da comunidade, desde que haja controle. “Se tiver controle, a água dura muitos dias. Porque a gente precisa ter controle com a água, não estragar demais, não deixar que derramem. Tem que ser uma coisa controlada, para que não acabe tão rápido”, explica a indígena. Por enquanto, a maior preocupação da Cacique é mesmo com a chuva. “Só vamos ter água se chover”, afirma. Além das cisternas, as casas recebem ainda as fossas ecológicas, que são pequenas unidades de tratamento do esgoto proveniente dos sanitários. Nestas unidades, a digestão da matéria orgânica (dejetos) é feita por meio de micro-organismos anaeróbicos (sem oxigênio) e aeróbicos (com oxigênio). Marciano Moreira, coordenador do projeto Matas da Encantada, explica que o sistema funciona ainda como um canteiro onde plantas, como a bananeira, eliminam a água remanescente por meio da evapotranspiração e a produção de biomassa. “É uma tecnologia simples, barata e de fácil construção. Diminui os riscos de contaminação das águas superficiais, das águas subterrâneas e do solo”, afirma Marciano. A construção das fossas ecológicas e cisternas é realizada com mão-de-obra local e dentro de um processo de capacitação das famílias indígenas beneficiárias sobre o uso e os benefícios das tecnologias. O projeto Matas da Encantada Jenipapo-Kanindé abrange a área do Complexo Vegetal da Zona Litorânea, em Aquiraz/Ce, onde está localizada a aldeia Jenipapo-Kanindé. O projeto visa a adoção de práticas agroecológicas de uso sustentável da terra, proteção e reflorestamento de matas nativas e Áreas de Preservação Permanente (APPs), além de ações de saneamento e educação ambiental.

adelco@adelco.org.br

(85) 3264.4492

Sede Adelco

Rua Barão de Aracati, 2200, casa 44
Joaquim Távora, Fortaleza – Ceará
CEP: 60.115-082