
Nos dias 15, 16 e 17 de março, uma delegação formada por lideranças indígenas do Ceará cumpriram uma agenda estratégica em Brasília. Os encontros contemplaram os seguintes orgãos: Ministério dos Povos Indígenas, Ministério da Educação, Defensoria Pública da União- DPU, Fundação Nacional dos Povos Indígenas – FUNAI, Secretaria Especial de Saúde Indígena – SESAI, Supremo Tribunal Federal – STF, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA e outros encontros no Congresso Nacional, com os deputados Idilvan Alencar e José Airton Cirilo e a deputada Célia Xacriabá.

Na delegação, estiveram presentes representantes da Federação dos Povos Indígenas no Ceará – FEPOINCE, da Articulação das Mulheres Indígenas no Ceará – AMICE, da Comissão da Juventude Indígena do Ceará – COJICE e da Organização de Professores Indígenas do Ceará – OPRINCE.
As reuniões com os setores que constroem os três poderes da república tiveram como finalidade principal o fortalecimento da autonomia institucional das organizações indígenas do Ceará com as instituições do Estado Brasileiro, que tem como missão principal a criação e execução de políticas públicas para territórios indígenas e também julgar decisões que impactam diretamente na vida e na relação dos povos com seus territórios.
Também nessa agenda em Brasília as lideranças indígenas pautaram o desafio do acesso às políticas públicas de inclusão produtiva e social e a urgente necessidade de fiscalização e regularização fundiária das 24 Terras Indígenas (TI) do Ceará. Apenas uma TI se encontra demarcada até o momento.
A secretária da Secretaria dos Povos Indígenas e seu secretário executivo também estiveram acompanhando a delegação em Brasília. “A presença deles fortaleceu e ampliou o olhar sobre as organizações indígenas e o importante dialogo com o governo estadual e federal, na efetivação das politicas públicas e na construção de solução para os problemas enfrentado nos territórios”, declarou Mateus Tremembé, liderança do seu povo e técnico de mobilização do Projeto Tucum – a força da resistência indígena.

A agenda na capital federal contou com a parceria da Adelco e de outras instituições, como o Esplar e o CDPDH – Centro de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos da Arquidiocese de Fortaleza. Parlamentares estaduais também deram suas colaborações e garantiram a ida de 14 lideranças indígenas. “Agradecemos todo mundo que colaborou para nossa articulação acontecer, incluindo os amigos e amigas do MST pelo apoio na articulação da hospedagem das nossas lideranças indígenas na capital do país”, destacou Mateus.