
O último módulo do Curso para Mulheres Lideranças Indígenas, realizado pelo Projeto Tucum – a força da resistência indígena, aconteceu neste mês de maio. Voltado para a cartografia social, ele foi dividido em duas partes, uma acontecendo em Crateús e a outra em Caucaia. Nesse módulo, as mulheres puderam criar o próprio mapa do território e trocar conhecimentos com mulheres de diferentes aldeias durante esse processo de catalogação.
Carla Galiza, integrante do Projeto Tucum pelo Esplar, afirma que foi um processo de muitas vivências, de muitos saberes adquiridos e de muita partilha entre as participantes. “Finalizamos esse processo formativo com um tema muito importante para as mulheres indígenas, a cartografia social, que é muito relevante para empoderar politicamente essas participantes”, completa.
A formação teve o total de 80h divididas em 5 módulos de 16h cada um, com os temas: Políticas Públicas Para as Mulheres; Agroecologia e Sistemas Agroalimentares; Mulher e Poder: Seu Lugar de Fala; Violência Contra a Mulher e Cartografia Social das Mulheres Indígenas do Ceará.
Em torno de 140 mulheres divididas entre as 15 etnias do estado do Ceará participaram da formação que iniciou em março de 2022. Cada módulo buscou abranger mulheres tanto do Sertão e da Mata, quanto do Litoral e da Região Metropolitana, contemplando diversos territórios indígenas em todo o estado.
Marciane Tapeba, coordenadora da Articulação de Mulheres Indígenas no Ceará (Amice), contou que a formação veio para fortalecer e colaborar com o movimento de mulheres. “As metodologias participativas foram muito importantes também, essa troca de experiências entre os povos e toda essa construção de conhecimento me encantou bastante”, finalizou.
O curso Mulheres Lideranças Indígenas é mais uma realização do Projeto Tucum – a força da resistência indígena, coordenado pelas instituições Esplar e Adelco, e o financiamento da União Europeia, em parceria com a Amice.