Projeto Tucum lança dois editais de apoio a microprojetos
O Projeto Tucum – a força da resistência indígena, realizado pela Adelco e pelo Esplar, com o financiamento da União Europeia, lança os Editais nº 06 e 07 do Fundo de Apoio a Microprojetos das organizações indígenas do Ceará. A chamada do edital nº 06 é destinada à Coordenação de Juventude Indígena do Estado do Ceará (COJICE) e a chamada nº 07 é destinada à Articulação de Mulheres Indígenas do Ceará (AMICE) e organizações, grupos ou coletivos de mulheres indígenas do estado do Ceará. Adelle Azevedo, coordenadora geral do projeto, reforça que a chamada para as mulheres e juventude é de extrema importância para o fortalecimento e a consolidação institucional de suas organizações. Destaca também que o edital para as mulheres indígenas inova ao beneficiar as organizações de base de mulheres indígenas: “Apesar do recurso ser pequeno, acreditamos que o valor poderá ajudar aos grupos, coletivos ou organizações de mulheres a se fortalecerem, através de uma capacitação, um encontro ou seminário local, enfim, alguma ação que promova a articulação dessas mulheres em suas bases”. Para a submissão dos projetos, o edital obriga que a organização requerente tenha concluído os critérios abaixo: 1. Ter finalizado e prestado conta dos microprojetos referentes aos editais passados; 2. Carta de anuência às normas deste Edital, conforme modelo disponível no anexo I. 3. Os projetos deverão ainda ser elaborados a partir do modelo de Roteiro para Elaboração de Projetos disponível no Anexo I, observando-se as condições e critérios estabelecidos por esse edital, e apontando seu período de duração. As organizações deverão ainda participar das sessões formativas para a construção da proposta e para elaboração de orçamento com a equipe do Projeto Tucum. As propostas finalizadas deverão ser encaminhadas para o e-mail projetotucum@localhost até 23 de outubro de 2023. Acesse o edital para organizações de mulheres indígenas, aqui. Acesse o edital para organizações de jovens indígenas, aqui. Acesse o formulário de inscrição aqui.
Foi lançado novo Boletim Tucum – edição de setembro
Leia matérias completas aqui.
Projeto Tucum lança edital para elaboração de material didático
O Projeto Tucum – a força da resistência indígena, realizado pela Adelco e o Esplar, com o financiamento da União Europeia, seleciona quatro candidato/a para vaga de formador/a indígena, sendo um por módulo temático. Poderão inscrever-se profissionais indígenas que sejam pesquisadores/as e professores/as do ensino superior e médio. Os/as profissionais devem cumprir os seguintes requisitos: a) ser, prioritariamente, profissionais indígenas; b) ter formação específica na área de atuação ou áreas afins; c) ter experiência em docência e/ou elaboração de materiais educativos; d) ter experiência em formação continuada para professores/as indígenas. A inscrição deverá ser realizada por meio de e-mail para o endereço eletrônico projetotucum@localhost, durante o período de 25 de setembro a 02 de outubro de 2023, currículo para a seleção das/os profissionais. Leia o edital completo aqui.
Boletim de março
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Conversatório destaca os caminhos da política para indígenas do Ceará
Nesta terça-feira (4), ocorreu um conversatório na ADUFC sobre caminhos políticos para os povos indígenas do Ceará organizado pela ONG indigenista Adelco e o Esplar-Centro de Pesquisa e Assessoria, através do Projeto Tucum. O debate contou com a presença de importantes influências indígenas como Mateus Tremembé, Milena Kanindé e Cacika Irê. A mediação foi realizada pela coordenadora do Tucum, Adelle Azevedo. A Profª. Helena Martins, secretária-geral da ADUFC também participou do momento trazendo pautas importantes como o apoio dos professores ao movimento indígena. “Nosso trabalho é o bem viver desses povos, da sua qualidade de vida. As demandas que têm chegado eu tenho tratado com muito cuidado, mas sempre respeitando nossas lideranças tradicionais, nossas organizações de base, dialogando, consultando”, defendeu Juliana Alves Jenipapo (Cacika Irê), Mestra em Antropologia e secretária da Secretaria dos Povos Indígenas do Ceará (Sepince). No debate, Mateus Tremembé, liderança indígena e técnico de mobilização do Projeto Tucum, também falou sobre sua recente ida a Brasília para apresentar as reivindicações do Movimento Indígena do Ceará e comentou sobre a necessidade de se fazer presente em discussões políticas. “Fomos à Brasília apresentar nossas reivindicações, na Sesai, no Ministério dos Povos Indígenas, na Funai e em outros locais. No Ceará, também estamos juntos com a Sepince. Fomos cobrar lá e estamos aqui para colaborar também. Estamos sempre em busca do diálogo, porque esse é o melhor caminho”, destacou. O “Projeto Tucum – a força da resistência indígena” é uma iniciativa da Adelco, em parceria com o Esplar e o Movimento Indígena do Ceará, financiado pela União Europeia, a partir de seleção em edital nacional. O projeto alcança os 15 povos indígenas de 16 municípios cearenses: Aquiraz, Aratuba, Boa Viagem, Canindé, Caucaia, Carnaubal, Crateús, Maracanaú, Monsenhor Tabosa, Novo Oriente, Pacatuba, Poranga, Quiterianópolis, São Benedito, São Gonçalo do Amarante, Tamboril.
PROJETO TUCUM – ADUFC sedia debate sobre caminhos políticos para os povos indígenas do Ceará no dia 4 de abril, às 18h
A ADUFC sediará, na próxima terça-feira (4), às 18h, um conversatório sobre o tema “Novos cenários e caminhos políticos para os povos indígenas do Ceará”. A atividade é realizada numa parceria entre o Sindicato, a ONG indigenista Adelco e o Esplar-Centro de Pesquisa e Assessoria, através do Projeto Tucum. Participam da roda de conversa a Profª. Helena Martins, secretária-geral da ADUFC; Mateus Tremembé, liderança indígena; Milena Kanindé, do Centro de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos da Arquidiocese de Fortaleza (CDPDH) e do Escritório de Advocacia Popular Indígena Ybi ; e Cacika Irê, da Secretaria dos Povos Indígenas do Ceará (Sepince). A mediação será feita pela coordenadora do Tucum, Adelle Azevedo. O “Projeto Tucum – a força da resistência indígena” é uma iniciativa da Adelco, em parceria com o Esplar e o Movimento Indígena do Ceará, financiado pela União Europeia, a partir de seleção em edital nacional. O projeto alcança os 15 povos indígenas de 16 municípios cearenses: Aquiraz, Aratuba, Boa Viagem, Canindé, Caucaia, Carnaubal, Crateús, Maracanaú, Monsenhor Tabosa, Novo Oriente, Pacatuba, Poranga, Quiterianópolis, São Benedito, São Gonçalo do Amarante, Tamboril. A ação visa consolidar a autonomia político-organizativa dos povos indígenas do Ceará, com formações em direitos humanos, violação de direitos, ativismo digital, violência contra a mulher, formação de professores e de lideranças, dentre outras. Através de articulação com o Esplar, o Projeto Tucum desenvolve ações direcionadas às mulheres indígenas, com foco no processo de fortalecimento de suas autonomias e empoderamento. Também resultou do projeto a criação, em 2021, do primeiro escritório indígena de advocacia do Ceará, o Ybi, que conta com dois advogados indígenas para acompanhamento de pautas coletivas dos povos. “Sabemos que o Projeto Tucum tem condições de contribuir para o enfrentamento às violações de direitos indígenas e para a salvaguarda dos seus direitos constitucionais, através de apoio jurídico qualificado, capacitações e formações, acesso à informações e ampliação da rede de articulação”, reforça Adelle Azevedo, coordenadora do Projeto Tucum, que foi lançado em 2021 e segue com atividades até o fim de 2024. Fonte: ADUFC SINDICATO
Organizações indígenas do Ceará vão a Brasília cumprir agenda estratégica
Nos dias 15, 16 e 17 de março, uma delegação formada por lideranças indígenas do Ceará cumpriram uma agenda estratégica em Brasília. Os encontros contemplaram os seguintes orgãos: Ministério dos Povos Indígenas, Ministério da Educação, Defensoria Pública da União- DPU, Fundação Nacional dos Povos Indígenas – FUNAI, Secretaria Especial de Saúde Indígena – SESAI, Supremo Tribunal Federal – STF, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA e outros encontros no Congresso Nacional, com os deputados Idilvan Alencar e José Airton Cirilo e a deputada Célia Xacriabá. Na delegação, estiveram presentes representantes da Federação dos Povos Indígenas no Ceará – FEPOINCE, da Articulação das Mulheres Indígenas no Ceará – AMICE, da Comissão da Juventude Indígena do Ceará – COJICE e da Organização de Professores Indígenas do Ceará – OPRINCE. As reuniões com os setores que constroem os três poderes da república tiveram como finalidade principal o fortalecimento da autonomia institucional das organizações indígenas do Ceará com as instituições do Estado Brasileiro, que tem como missão principal a criação e execução de políticas públicas para territórios indígenas e também julgar decisões que impactam diretamente na vida e na relação dos povos com seus territórios. Também nessa agenda em Brasília as lideranças indígenas pautaram o desafio do acesso às políticas públicas de inclusão produtiva e social e a urgente necessidade de fiscalização e regularização fundiária das 24 Terras Indígenas (TI) do Ceará. Apenas uma TI se encontra demarcada até o momento. A secretária da Secretaria dos Povos Indígenas e seu secretário executivo também estiveram acompanhando a delegação em Brasília. “A presença deles fortaleceu e ampliou o olhar sobre as organizações indígenas e o importante dialogo com o governo estadual e federal, na efetivação das politicas públicas e na construção de solução para os problemas enfrentado nos territórios”, declarou Mateus Tremembé, liderança do seu povo e técnico de mobilização do Projeto Tucum – a força da resistência indígena. A agenda na capital federal contou com a parceria da Adelco e de outras instituições, como o Esplar e o CDPDH – Centro de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos da Arquidiocese de Fortaleza. Parlamentares estaduais também deram suas colaborações e garantiram a ida de 14 lideranças indígenas. “Agradecemos todo mundo que colaborou para nossa articulação acontecer, incluindo os amigos e amigas do MST pelo apoio na articulação da hospedagem das nossas lideranças indígenas na capital do país”, destacou Mateus.
“Luta indígena tem na linha de frente rostos femininos”
Publicação no Jornal O Povo, em 08 de março. Leia aqui Aos 13 anos, Jaianna Kanindé decidiu voltar pra casa. Em Fortaleza, ela se sentia longe das raízes, uma falta que era até espiritual. Ela comunicou aos pais que queria retornar para a aldeia da Gameleira, no município de Canindé, a 118 quilômetros da Capital. Hoje, aos 27, ela é uma líder dentro e fora da comunidade. Atua no movimento de juventude Kanindé, além de ser uma das representantes dos povos do Ceará na Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste,Minas Gerais e Espírito Santo. A mudança, ainda no começo da adolescência, a despertou para lutar por políticas públicas que criem um ambiente econômico e educacional na aldeia. O objetivo é incentivar os indígenas a permanecer, mas também garantir que aqueles que escolham deixar o território tenham os mesmo direitos a acesso a trabalho, educação e cultura. Entrar na luta indígena, para ela, foi quase como uma obrigação. Quando começou, eram poucos os rostos jovens e femininos em um contexto rural e bem longe das políticas públicas. “O interesse partiu da necessidade de ver que a minha aldeia era pequena e que ela não tinha muita visibilidade. As políticas públicas eram bem escassas aqui dentro. Eu via as lideranças mais velhas já desgastadas do movimento, cansadas, e eu me senti na obrigação de honrartudo que eles já tinham feito e tentar dar conti nuidade ao legado”. Nesses 14 anos dentro de atuação, ela foi vislumbrando outros rostos femininos. Jaian na acredita que há uma diferença quando mulheres levantam as próprias pautas e encorajam outras jovens a buscarem direitos. “Não tem nada mais verdadeiro e mais encorajador do que uma mulher falando daquilo que ela sofre. A violência em casa, a pressão psicológica, todos os assuntos que hoje são pauta, a questão do feminicídio. Quando as mulheres entram em campo para falar sobre isso, traz uma força maior”. Este ano, ela acredita, é um “marco histórico na luta dos povos indígenas”, com a criação de um ministério, em âmbito federal, e uma secretaria estadual focada nos povos indígenas. Ela destaca ainda que o marco é também pela condução das pastas, lideradas por mulheres indígenas que são membros ativos da mobilização: Sônia Guajajara (Psol), da Terra Indígena Arari boia, e Juliana Alves (PcdoB), também conhecida como Cacika Irê, do Povo Jenipapo-Kanindé. “Antes eram indicações políticas e, muitas vezes, com interesses econômicos. E agora esses órgãos vão ser conduzidos pelos nossos parentes que conhecem a realidade do nosso território”, celebra.
Adelco lança novo Boletim Tucum
Nesta versão, o documento passa a ser mensal e contém links de notícias sobre os povos indígenas do Ceará. Clique aqui para ler o pdf na íntegra.
Projeto Tucum lança novo edital de microprojetos
O Projeto Tucum – a força da resistência indígena, realizado pela Adelco e pelo Esplar, com o financiamento da União Europeia, lança o Edital nº 03 do Fundo de Apoio aos Microprojetos. Esse ano será realizado duas chamadas: a primeira chamada será destinada exclusivamente para a Federação dos Povos e Organizações Indígenas do Ceará (Fepoince) e a segunda será destinada às outras organizações representativas do movimento indígena, são elas: Organização dos Professores Indígenas do Ceará (OPRINCE), Articulação das Mulheres Indígenas do Ceará (AMICE) e Comissão de Juventude Indígena do Ceará (COJICE). Não podem participar da seleção de projetos pessoas físicas, de organizações indígenas sem abrangência estadual, de instituições privadas, órgãos governamentais, de organizações não governamentais e de universidades. Para a submissão dos projetos, o edital obriga que a Organização tenha finalizado e prestado conta do microprojeto referente ao edital nº 02/22, Carta de anuência às normas deste Edital, conforme modelo disponível no anexo I. Os projetos deverão ainda ser elaborados a partir do modelo de Roteiro para Elaboração de Projetos que esse ano traz um novo formulário (disponível no anexo II), observando-se as condições e critérios estabelecidos por esse edital, e apontando seu período de duração, que deverá ser 12 (doze) meses. As propostas finalizadas deverão ser encaminhadas para o e-mail projetotucum@localhost até o dia 06 de abril. Adelle Azevedo, coordenadora geral do projeto, reforça a importância do apoio: “Os microprojetos permitem a consolidação institucional da organização e viabilizam ações de incidência a partir da articulação e mobilização de povos indígenas com outros povos e outros movimentos sociais. Desde 2021, ao todo, já foram financiados R$ 188 mil reais nos projetos das organizações indígenas do Estado do Ceará”. A equipe do projeto Tucum considera que essa ação é fundamental para a consolidação das organizações e para a promoção, a defesa ou a proteção de direitos políticos e civis de indígenas no estado do Ceará. Em caso de dúvida, escreva para adelle@localhost ou para projetotucum@localhost. Leia o edital completo aqui.