Projeto Matas da Encantada realiza oficina de Educação Ambiental
As crianças da Escola Diferenciada de Ensino fundamental Jenipapo-Kanindé, na comunidade da Lagoa Encantada, em Aquiraz-CE, participaram na quarta (17) e na quinta-feira ( 18) da oficina de educação ambiental. A ação é parte das atividades do Projeto Matas da Encantada, patrocinado pela Petrobras e realizado pela Adelco. Durante as atividades, as crianças construíram uma espiral de ervas medicinais e participaram da construção de uma mandala em tamanho reduzido. O objetivo da oficina é despertar nas crianças a sensibilidade ambiental e o cuidado com o ambiente.
Povo Tapeba realiza Assembleia anual neste sábado (20)
Cerca de trezentos índios da etnia Tapeba estarão reunidos neste sábado (20), a partir das 8hs, durante a sua Assembleia Anual para planejar a organização e as ações do grupo para o ano de 2015. O evento será realizado na comunidade do Trilho, em Caucaia, área que está sob retomada de posse pelos indígenas. A Adelco participa da Assembleia durante a parte da manhã, quando será formada uma mesa com as instituições que apoiam a luta do povo Tapeba. O povo Tabepa vive em 17 comunidades, localizadas no município de Caucaia, a 15 km de Fortaleza. Ao todo, possuem uma população de seis mil e quinhentos indígenas
Adelco e seis etnias participaram do II Encontro de Museus Indígenas
A Adelco e representantes de seis Etnias beneficiárias do Projeto “Etnodesenvolvimento de Comunidades Indígenas do Ceará” participaram, entre os dias 4 a 5 de Dezembro de 2014, do II Encontro de Museus Indígenas, na cidade do Recife. O Evento foi uma realização do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Etnicidade do Departamento de Antropologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Nosso Projeto oportunizou a participação em tal evento de 10 representantes das etnias Kanindé de Aratuba, Jenipapo Kanindé, Tapeba, Tremembé, Anacé e Pitaguary. O Encontro contou com a presença de aproximadamente 100 pessoas, entre lideranças indígenas, representantes de ONG´s, professores, curadores, pesquisadores e teve como objetivos principais debater a situação dos Museus Indígenas e fazer um levantamento de propostas de políticas públicas voltadas para a memória e patrimônio cultural indígena, bem como proporcionara o intercâmbio das experiências existentes nessa área. O Encontro contou com a presença de aproximadamente 100 pessoas, entre lideranças indígenas, representantes de ONG´s, professores, curadores, pesquisadores e teve como objetivos principais debater a situação dos Museus Indígenas e fazer um levantamento de propostas de políticas públicas voltadas para a memória e patrimônio cultural indígena, bem como proporcionara o intercâmbio das experiências existentes nessa área. Na oportunidade, representantes das etnias Tremembé, Tapeba, Kanindé de Aratuba e Jenipapo Kanindé participaram como palestrantes em mesas de debate apresentando suas experiências. A Coordenadora do Projeto “Etnodesenvolvimento” também teve participação em umadas mesas de debate apresentando a experiência do Projeto em parceria com a Petrobras. A principal deliberação do encontro foi a criação da Rede de Museus do Nordeste, que terá como Coordenador Suzenalson, da Etnia Kanindé de Aratuba, e da qual a ADELCO fará parte.
Agricultura familiar e agroecologia são temas de curso em comunidades indígenas
Caminhada pela aldeia, construções coletivas de conceitos, trabalhos em grupo e discussões permearam os três dias do curso sobre agricultura familiar e agroecologia, promovido em março pelo projeto “Etnodesenvolvimento de comunidades indígenas do Ceará” nas aldeias Jenipapo-Kanindé, em Aquiraz, e Kanindé de Aratuba. A próxima a receber a capacitação será a comunidade Tapeba, em maio. O projeto, patrocinado pela Petrobras também conta com o apoio financeiro do programa PPP-Ecos/Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), e é realizado pela Adelco. Logo no início do curso, os participantes escolhem o caminho a ser trilhado e seguem em caminhada. Durante o percurso, vão identificando as áreas degradadas, as condições do meio ambiente, o que se produz, quais as espécies de plantas existentes, como é feito o manejo da água e o tratamento do solo. Na volta, uma discussão sobre a agricultura local analisa a situação atual e o que pode ser feito pela preservação ambiental e melhoria da produtividade agrícola. “A partir da construção do conceito e das características da agricultura convencional e agroecologia, aos poucos, o grupo vai se apropriando das vantagens das práticas agroecológicas, para conservação e melhoramento do solo. Por outro lado, toma consciência de que as queimadas, o desmatamento e o monocultivo são os responsáveis pela redução gradativa da produção. Somente a transição da forma tradicional de praticar agricultura para o manejo agroecológico poderá restabelecer e até ampliar o plantio, a colheita e a geração de renda”, explica Maristela Pinheiro, coordenadora do projeto.
Jenipapo-Kanindés participam de oficina de Economia Solidária em Aquiraz
A comunidade indígena Jenipapo-Kanindé participa, entre os dias 02 e 04/04, em Aquiraz/Ce, de uma oficina sobre Economia Solidária e Sustentabilidade, ministrado pela educadora popular, advogda e especialista em questões agrárias, Magnólia Azevedo Said. A formação, realizada na Pousada Jenipapo-Kanindé, faz parte das atividades do projeto “Etnodesenvolvimento de comunidades indígenas do Ceará”, cujo objetivo é o de promover a melhoria da qualidade de vida dessas comunidades. O projeto, patrocinado pela Petrobras, conta também com o apoio do programa PPP-Ecos/Instituto Sociedade, população e Natureza (ISPN) e é realizado pela Adelco, nas etnias Jenipapo-Kanindé, Kanindé de Aratuba e Tapeba e ainda com ações de sensibilização nas etnias Pitaguary, Tremembé e Anacé. De acordo com Magnólia Said, o objetivo da capacitação é o de contribuir para que a aldeia Jenipapo-Kanindé “possa ser sujeito de uma produção solidária, sem agredir o meio ambiente”, e eficiente, no que diz respeito à gestão das ações de economia solidária. A metodologia da formação é participativa, a partir da vivência da comunidade, com exposição dialogada, dinâmicas, apresentação de material visual e discussões sobre a vivência dos participantes. “O importante é que o povo Jenipapo-Kanindé possa tomar como base os conceitos sobre economia solidária e sustentabilidade e, apropriando-se desses conceitos, fortaleça a prática de uma produção solidária e sustentável, que garanta a perspectiva de melhoria de renda”, diz Magnólia Said. Nesse sentido, são construídos, durante a oficina, alguns planos de negócios, planejamento de produção e as bases para a consolidação de diagnóstico da produção local. Outro tema abordado foi o acesso aos programas governamentais. A mesma capacitação já tem data marcada para acontecer também na comunidade Kanindé de Aratuba (14, 15 e 16/04/2014) e Tapeba (10, 11 e 12/04/2014). Uma das atividades que mais motivou os participantes foi a construção do “mapa da realidade” local, onde eles fizeram um desenho do que produzem, o que vendem e os locais possíveis para a implementação dos quintais produtivos e mandalas. “Eles se preocupam especialmente com o transporte da produção, o que permite a venda do que é plantado – milho, coco, jerimum, batata, mandioca, acerola – nas feiras dos municípios próximos”, disse Graça Araújo, técnica do projeto.
Petrobras e Adelco iniciam o projeto Águas e Matas da Encantada, em Aquiraz
Com o contrato entre a Petrobras e Adelco, assinado em março, começam oficialmente as atividades do projeto Águas e Matas da Encantada, na comunidade indígena Jenipapo-Kanindé, em área do Complexo Vegetal da Zona Litorânea de Aquiraz. Entre os objetivos do projeto estão a adoção de práticas agroecológicas de uso da terra, a proteção e reflorestamento de matas nativas e de Áreas de Preservação Permanente (APPs), bem como ações de saneamento e educação ambiental. “Águas e Matas da Encantada” tem dos eixos principais: o ambiental – conservação dos recursos hídricos, redução da erosão, conservação das áreas com boa cobertura vegetal, e o social – aumento da geração de renda e melhoria da qualidade de vida da comunidade indígena. Para atingir esses resultados, serão realizadas diversas atividades, incluindo cursos de sensibilização em uso sustentado da terra, reconversão produtiva de capoeira degradada em sistema de produção agroflorestal, estabelecimento de Sistemas de Produção Agroflorestais (SAF), manejo e conservação de área florestal (visando a captação e estocagem de carbono), recomposição da mata ciliar da Lagoa da Encantada, produção de mudas, produção de adubo orgânico composto e húmus e estabelecimentos de quintais produtivos. Os trabalhos serão implementados com o envolvimento da comunidade, promovendo a consciência e práticas agroecológicas como alternativas sustentáveis de produção de bens e serviços para atender suas necessidades. Para além da recuperação da cobertura vegetal, o projeto pretende interferir no sentido de reverter a degradação dos recursos hídricos e melhorar a qualidade da água, através da promoção de ações de saneamento ambiental que prevê a construção de cisternas para captação de águas pluviais e a implantação de fossas verdes (canteiros bio-sépticos) além da promoção de práticas de manejo racional do uso d’água, da coleta e destinação de resíduos sólidos. “Esse conjunto de ações resulta em uma abordagem sistêmica da questão do saneamento, do manejo de resíduos e da conservação da vegetação, além de questões ambientais relacionadas. O objetivo central do trabalho é que as novas técnicas gerem novas atitudes dos moradores em relação aos cuidados com a vegetação e com os ambientes aquáticos”, explica Patrick Oliveira, Coordenador Geral da Adelco. “A partir do diagnóstico da situação atual, todas as decisões sobre o planejamento e a seleção das ações a serem desenvolvidas são tomadas em parceria com a comunidade: a escolha das áreas para plantio, a preparação das mudas, a definição dos quintais produtivos e as demais atividades. Essa construção coletiva é um dos principais diferenciais do projeto”, disse Marciano de Gois, engenheiro agrônomo, coordenador do projeto.
PPP-Ecos apoia projeto de sistemas agroflorestais em Aquiraz
O projeto Matas da encantada – preservando ecossistemas na tribo Jenipapo-Kanindé atua no Complexo Vegetal da Zona Litorânea da aldeia indígena Jenipapo-Kanindé, em Aquiraz, desde novembro de 2013. Matas da encantada é patrocinado pelo Programa de Pequenos Projetos Ecossociais (PPP-Ecos) e executado pela Adelco, tendo como objetivo a melhoria da qualidade ambiental da etnia Jenipapo-Kanindé, através de técnicas agroecológicas, para uso dos recursos naturais renováveis, na área próxima à Lagoa da Encantada. De 13 a 15 de março, foi realizado um curso de capacitação inicial em agroecologia, com a participação de 30 indígenas, no qual foi feito um trabalho comparativo sobre as características da agricultura tradicional e da agroecologia. Foi o início de um processo que irá capacitar 90 pessoas em agrossivilcutora e outras técnicas de base agroecológica, além de formar multiplicadores em educação ambiental e conservação da biodiversidade. Entre os resultados esperados do projeto estão a reconversão de cinco hectares de área degradada para produção agrícola, implantação de um Sistema Agroflorestal (SAF), recuperação de trilhas e formação de guias para trilhas ecológicas, implantação de duas ilhas de coleta seletiva de lixo e constituição de um acervo ambiental para o Museu Indígena Jenipapo-Kanindé. Entre as atividades marcadas para o primeiro semestre de 2014 está um intercâmbio de experiências que o correrá no dia 17 de maio. Um grupo de 15 Jenipapo-Kanindés, acompanhados pelo professor e agrônomo João Ambrósio de Araújo Filho irá conhecer uma experiência-modelo de sistemas agroflorestais no município de Bela Cruz. O professor Ambrósio é PHd e consultor em recuperação de áreas degradadas, sistemas agroflorestais, formação e manejo de pastagens. Ainda em maio, nos dias 19 e 20, ele irá ministrar na comunidade Jenipapo-Kanindé o curso “Agrossilvicultura e outras técnicas de base agroecológica” e a oficina “Diagnóstico socioambiental”, onde será feito um levantamento de toda a fauna e flora existentes na região. As metas do Matas da Encantada complementam-se através de dois eixos principais: Ambiental Recuperação e proteção de matas nativas e das Áreas de Preservação Permanente (APPs); redução do efeito estufa; implantação de cultivos agroecológicos e valorização dos recursos ambientais. Social-comunitário Aumento da geração de renda e melhoria da qualidade de vida da comunidade indígena; construção participativa das ações do projeto com a comunidade, a partir de suas necessidades; desenvolvimento do turismo comunitário/ecológico.
Índios brasileiros e americanos se encontram na Semana dos Povos Indígenas
Representantes de cinco povos indígenas cearenses, além de lideranças dos povos Pataxó, da Bahia, Tupiniquim, do Espírito Santo, e Lakota Sioux, do Norte dos Estados Unidos, participaram da Semana dos Povos Indígenas, realizada na sede do Movimento Saúde Mental Comunitária (MSMCBJ), no bairro Bom Jardim. O objetivo do encontro foi promover a troca de experiências entre as diversas etnias e permitir que a sociedade conheça as causas e os direitos indígenas. Participaram do evento lideranças das aldeias cearenses Pitaguary, Tremembé, Anacé, Jenipapo-Kanindé e Tapeba, representando as 14 tribos indígenas existentes no Ceará. Ao abrir a Semana, o presidente do MSMC, padre Rino Bonvini, enfatizou o intuito de consolidar a união entre estes povos em torno de uma mesma causa, através das danças, rodas de conversa, oficina de artesanato e exposição de arte. Segundo Patrick Oliveira, coordenador da Adelco (parceira do evento), “essa é uma oportunidade de se conhecer as peculiaridades de cada etnia, de aprender com as experiências de sucesso e também com as dificuldades enfrentadas, tanto na luta pelo reconhecimento cultural como na legalização das terras indígenas, entre outras questões. É um passo importante também para que os movimentos que defendem a cultura indígena se conheçam melhor e fortaleçam seus projetos”, disse. Marciane Tapeba, monitora do projeto Etnodesenvolvimento – Ceará Indígena, destacou que achou “importante a valorização da cultura indígena e o testemunho de um parente Lakota, pois vimos que o descaso com nosso povo não acontece só no Brasil”. Ela ressaltou ainda o ritual da sauna sagrada, conduzido pelos Lakota: “Pra mim, foi muito forte quando eles rezaram por todos os parentes e demonstraram que vale a pena se sacrificar por todo o nosso povo, o que é semelhante ao que fazemos aqui”, disse Marciane. Estiveram presentes às atividades alguns apoiadores da causa indígena, como Paulo Barbosa, coordenador regional da Fundação Nacional do Índio (Funai), Caio Feitosa, co-gestor do Centro de Defesa da Vida Herbert de Souza (CDVHS), irmã Odila Bruno, integrante do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e Maria Amélia, coordenadora da Associação Missão Tremembé. Representando as diversas etnias, compareceram o Pajé Barbosa e Carlinhos Pitaguary (Pitaguary), Cacique João Venâncio e Pajé Luis Caboclo (Tremembé), Cacique Antônio (Anacé), Cacique Irê (Jenipapo- Kanindé), Adam Little Elk e Woopila Badhand (Lakota Sioux-EUA) e Ubiraci Pataxó (Bahia). As crianças da escola indígena Pitaguary participaram de um concurso de criação artística, com a produção de um texto em prosa, uma poesia e uma composição musical. Na programação, houve ainda oficinas de confecção de filtro de sonhos e instrumentos de sopro, exibição de filmes, oficinas, apresentações musicais, rodas de conversa, biodança, pintura e exposição do artesanato indígena.
Adelco participa do IV Encontro Povos do Mar no SESC Iparana
O Turismo Comunitário foi tema de palestra no IV Encontro Povos do Mar, realizado no SESC Iparana, no dia 19 de agosto. Patrick Oliveira, Coordenador Geral da Adelco e Maristela Calvário, Coordenadora do Projeto Etnodesenvolvimento Ceará Indígena estiveram lá. O projeto, patrocinado pela Petrobras, desenvolve ações de turismo comunitário em seis comunidades indígenas do Ceará: Jenipapo-Kanindé, Kanindé de Aratuba, Tapeba, Anacé, Tremembé e Pitaguary.
Tabajaras realizam Festa da Colheita e celebram a resistência
A Festa da Colheita aconteceu na Aleia Cajueiro, do povo Tabajara, no município de Poranga, na noite do sábado, 30/09. O evento aconteceu em pleno Encontro da Juventude Indígena no Ceará, organizado pela Adelco, via projeto Urucum; pela Juventude Indígena do Ceará; pelo Esplar e União Europeia, com o apoio do Governo do Estado do Ceará. Além da juventude de todo o estado, também estiveram presentes lideranças de outras aldeias para prestigiar a celebração. Com a retomada dos Tabajaras, em 2007, a terra passou a ser cuidada pelas 15 famílias que vivem ali. Após 10 anos, já existe energia, cisterna, internet, uma escola e a certeza de que retomar suas terras é resistência. 10 anos de festa Os povos indígenas da Aldeia Cajueiro, desde a retomada realizada no dia 10 de julho de 2007, tem adotado como tradição cultural a Festa da Colheita ao Luar, momento sagrado utilizado para agradecer a mãe Tamain, os encantados, a força da Jurema e ao pai Tupã por todas as conquistas. Este ano, a festa cultural terá como ingrediente especial a comemoração pelos 10 anos de luta, resistência e conquistas. Entre aquelas mais recentes está a decisão judicial com transito, expedita pela Justiça Federal, determinando o inicio do procedimento de demarcação da terra indígena do povo Tabajara. A noite será completa de apresentações, rituais, depoimentos sobre a luta indígena, diversos pratos da nossa culinária e de muita festa. Varias autoridades e lideranças indígenas dos diversos povos já confirmaram presença. A Festa da Colheita celebra com muitas alegria todas as conquistas e vitórias pela existência, pela proteção dos encantados. Fonte: Texto da Comunicação da Adelco e de Jorge Tabajara