ADELCO participa de Seminário Nacional de formação para a 1ª Conferência Nacional de Política Indigenista

A ADELCO, entidade executora do Projeto “Etnodesenvolvimento de Comunidades Indígenas do Ceará”, patrocinado pela Petrobrás participou, entre os dias 24 e 26 de março de 2015, em Brasília, do Seminário Nacional de formação, primeira das etapas preparatórias para a realização da 1ª Conferência Nacional de Política Indigenista. O coordenador geral da ADELCO, Patrick Oliveira, representou a entidade no evento. O seminário teve como objetivos o nivelamento das informações sobre o processo de construção da 1ª Conferência Nacional de Política Indigenista, a constituição das comissões organizadoras das Etapas Regionais e Locais e a qualificação da atuação dos(das) participantes para a realização das Etapas Preparatórias. Conforme Patrick Oliveira, numa conjuntura atual bastante negativa para os povos indígenas, a conferência poderá se configurar como um instrumento de fortalecimento do Movimento Indígena, devendo reafirmar os direitos dos povos indígenas, como evidenciar e difundir as Políticas Indigenistas ainda mal conhecidas e desrespeitadas. “As numerosas injustiças vivenciadas até hoje pelos povos indígenas são ainda herança da colonização, hoje reforçada pela procura incessante do lucro e do poder inerentes ao sistema capitalista. Neste contexto, a legítima demanda de reparação e descolonização deve ser ouvida e assumida pelo Estado”, afirma Patrick Oliveira. “Quais serão os mecanismos capazes de se contraporem às adversidades, violências e preconceito?”, indaga. Para ele, o desafio é grande e a união dos povos imprescindível. Para Patrick Oliveira, nenhum ser humano, em sã consciência, pode ignorar ou ficar insensível ao sofrimento dos povos indígenas e às injustiças cometidas contra quem é o legítimo e originário povo deste imenso e multicultural Brasil, mãe terra. “Aliados, parceiros, amigos, apoiemos a luta dos povos indígenas”, finaliza o coordenador geral da ADELCO. A 1ª Conferência Nacional de Política Indigenista será realizada em Brasília – DF, em novembro de 2015, com o tema “A relação do Estado Brasileiro com os Povos Indígenas no Brasil sob o paradigma da Constituição de 1988”. As discussões serão norteadas a partir de seis eixos temáticos:1. Territorialidade e o direito territorial dos povos indígenas; 2. Autodeterminação, participação social e o direito a consulta; 3.Desenvolvimento sustentável de terras e povos indígenas; 4.Direitos individuais e coletivos dos povos indígenas; 5. Diversidade cultural e pluralidade étnica no Brasil; 6. Direito à Memória e a Verdade.

No Ceará, indígenas mobilizam-se rumo ao Acampamento Terra Livre

Reunião de trabalho define ações para a ida de lideranças indígenas ao evento que será realizado em Brasília entre os dias 12 e 16 de abril Lideranças dos povos indígenas das etnias Pitaguary, Tapeba, Anancés, Kanindé de Aratuba, Tremembés e Jenipapo-Kanindé estarão na próxima segunda-feira, 09/03, às 9h, no escritório da Associação para Desenvolvimento Local Co-produzido (Adelco – Rua Barão de Aracati, 2200, casa 44, Joaquim Távora) numa reunião de trabalho para discutir ações dos povos indígenas do Ceará para o Acampamento Terra Livre, que será realizado de 12 a 16 de abril, em Brasília. A reunião de trabalho terá ainda como pauta a organização do seminário preparatório para o Acampamento que versará sobre os Direitos dos Povos Indígenas. O tema está na ordem do dia desde que um conjunto de projetos de leis e emendas constitucionais, apresentados ao Congresso Nacional, vem colocando em risco os direitos constitucionais dos povos indígenas. Dentre eles estão a PEC 215, que versa sobre a demarcação de terras indígenas. O seminário será parte da ação do Projeto Etnodesenvolvimento- Ceará Indígena, patrocinado pela Petrobras e executado pela Adelco. O projeto tem como perspectiva a melhoria da qualidade de vida de comunidades indígenas do Ceará, dinamizando a economia solidária local, fortalecendo o turismo comunitário e favorecendo melhores condições de segurança alimentar, considerando sempre as diversas culturas e etnias. Mobilização para o Acampamento Os Povos Indígenas do Brasil estarão reunidos de 12 a 16 de abril, em Brasília, para reivindicar os direitos indígenas, lutar pela demarcação de seus territórios e contra a violação de direitos. No Ceará, os indígenas estão em uma forte mobilização para enviar seus representantes a Brasília. Para isso, realizam uma campanha de apoio financeiro que servirá para custear as despesas de alimentação e transporte durante a viagem e a permanência em Brasília-DF. Quem desejar contribuir pode entrar em contato pelo e-mail: marcytapeba@yahoo.com.br. SERVIÇO: Reunião de trabalho das lideranças indígenas rumo ao Acampamento Terra Livre – Segunda-feira, 09/03, às 9h, no escritório da Adelco (Adelco – Rua Barão de Aracati, 2200, casa 44, Joaquim Távora) Mais informações: Assessoria de Imprensa da Adelco: Isabelle Azevedo (85) 99624420 ou Ivna Girão (85) 88175149

Jenipapo-Kanindé recebe oficina de avaliação e planejamento do projeto Etnodesenvolvimento Ceará Indígena

  O projeto Etnodesenvolvimento – Ceará indígena realizou na última sexta-feira (27/02), na aldeia Jenipapo-Kanindé, em Aquiraz-Ce, a oficina de avaliação sobre o primeiro ano do projeto e o planejamento das ações para 2015. Entre as ações previstas para este ano, estão a reforma da pousada; a construção de um espaço de convivência para a comunidade, em formato de oca; a retomada de práticas para o início da produção agrícola no sistema de mandala e a segunda etapa de implantação dos quintais produtivos. O projeto Etnodesenvolvimento – Ceará Indígena, patrocinado pela Petrobras e executado pela Associação para Desenvolvimento Local Co-Produzido (Adelco), tem como perspectiva a melhoria da qualidade de vida de comunidades indígenas do Ceará, dinamizando a economia solidária local, fortalecendo o turismo comunitário e favorecendo melhores condições de segurança alimentar, considerando sempre as diversas culturas e etnias.

Agricultura familiar e agroecologia são temas de curso em comunidades indígenas

Caminhada pela aldeia, construções coletivas de conceitos, trabalhos em grupo e discussões permearam os três dias do curso sobre agricultura familiar e agroecologia, promovido pelo projeto “Etnodesenvolvimento – Ceará Indígena” nas aldeias Jenipapo-Kanindé, em Aquiraz, Kanindé de Aratuba e Tapeba. O projeto é patrocinado pela Petrobras e também conta com o apoio financeiro do programa PPP-Ecos/Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), e é realizado pela Adelco. Logo no início do curso, os participantes escolheram o caminho a ser trilhado e seguiram em caminhada. Durante o percurso, foram identificando as áreas degradadas, as condições do meio ambiente, o que se produz, quais as espécies de plantas existentes, como é feito o manejo da água e o tratamento do solo. Na volta, uma discussão sobre a agricultura local analisou a situação atual e o que pode ser feito pela preservação ambiental e melhoria da produtividade agrícola. “A partir da construção do conceito e das características da agricultura convencional e agroecologia, aos poucos, o grupo vai se apropriando das vantagens das práticas agroecológicas, para conservação e melhoramento do solo. Por outro lado, toma consciência de que as queimadas, o desmatamento e o monocultivo são os responsáveis pela redução gradativa da produção. Somente a transição da forma tradicional de praticar agricultura para o manejo agroecológico poderá restabelecer e até ampliar o plantio, a colheita e a geração de renda”, explicou Maristela Pinheiro, coordenadora do projeto.

Jenipapo-Kanindés participam de oficina de Economia Solidária em Aquiraz

A comunidade indígena Jenipapo-Kanindé participa, entre os dias 02 e 04/04, em Aquiraz/Ce, de uma oficina sobre Economia Solidária e Sustentabilidade, ministrado pela educadora popular, advogda e especialista em questões agrárias, Magnólia Azevedo Said. A formação, realizada na Pousada Jenipapo-Kanindé, faz parte das atividades do projeto “Etnodesenvolvimento de comunidades indígenas do Ceará”, cujo objetivo é o de promover a melhoria da qualidade de vida dessas comunidades. O projeto, patrocinado pela Petrobras, conta também com o apoio do programa PPP-Ecos/Instituto Sociedade, população e Natureza (ISPN) e é realizado pela Adelco, nas etnias Jenipapo-Kanindé, Kanindé de Aratuba e Tapeba e ainda com ações de sensibilização nas etnias Pitaguary, Tremembé e Anacé. De acordo com Magnólia Said, o objetivo da capacitação é o de contribuir para que a aldeia Jenipapo-Kanindé “possa ser sujeito de uma produção solidária, sem agredir o meio ambiente”, e eficiente, no que diz respeito à gestão das ações de economia solidária. A metodologia da formação é participativa, a partir da vivência da comunidade, com exposição dialogada, dinâmicas, apresentação de material visual e discussões sobre a vivência dos participantes. “O importante é que o povo Jenipapo-Kanindé possa tomar como base os conceitos sobre economia solidária e sustentabilidade e, apropriando-se desses conceitos, fortaleça a prática de uma produção solidária e sustentável, que garanta a perspectiva de melhoria de renda”, diz Magnólia Said. Nesse sentido, são construídos, durante a oficina, alguns planos de negócios, planejamento de produção e as bases para a consolidação de diagnóstico da produção local. Outro tema abordado foi o acesso aos programas governamentais. A mesma capacitação já tem data marcada para acontecer também na comunidade Kanindé de Aratuba (14, 15 e 16/04/2014) e Tapeba (10, 11 e 12/04/2014). Uma das atividades que mais motivou os participantes foi a construção do “mapa da realidade” local, onde eles fizeram um desenho do que produzem, o que vendem e os locais possíveis para a implementação dos quintais produtivos e mandalas. “Eles se preocupam especialmente com o transporte da produção, o que permite a venda do que é plantado – milho, coco, jerimum, batata, mandioca, acerola – nas feiras dos municípios próximos”, disse Graça Araújo, técnica do projeto.

Jenipapo-Kanindé comemora aniversário do museu e suas tradições

Cada momento importante de sua história é motivode festa e de confraternização entre os povos indígenas do Ceará. A comunidade Jenipapo-Kanindé (Aquiraz), preparou com carinho e esmero uma programação cheia de cores, danças, comidas típicas e alegria. Diz o convite: “Nós do Jenipapo-Kanindé temos a honra de convidar você para participar da comemoração de quatro anos de criação do Museu Indígena Jenipapo-Kanindé, que será realizada no dia 12 de setembro de 2014, a partir das 17h.” Na programação, tem roda de conversa sobre a trajetória do museu, apresentação cultural com o grupo Kunhã Apyara, ritual sagrado, exibição do vídeo sobre a história do povo Jenipapo-Kanindé e pratos típicos da aldeia. A equipe da Adelco vai estar lá, na companhia de Janete Ribeiro, representante da Petrobras que está em Fortaleza para acompanhar o Projeto Etnodesenvolvimento – Ceará Indígena, desenvolvido juntamente com a comunidade Jenipapo-Kanindé.

Agroecologia, economia solidária e turismo comunitária são temas de oficinas na comunidade Tremembé

Oficinas de sensibilização sobre agroecologia, economia solidária e turismo comunitário mobilizaram as aldeias da etnia Tremembé nos dias 23 e 24 de agosto, no município de Itarema. As atividades, que integram o projeto Etnodesenvolvimento – Ceará Indígena, patrocinado pela Petrobras, foram desenvolvidas pela coordenadora do projeto, Maristela Pinheiro. O encontro aconteceu na Aldeia da Praia de Almofala, e reuniu 32 pessoas – jovens, adultos e lideranças indígenas, entre elas o Cacique Venâncio. Durante dois dias, foram discutidos temas como a degradação ambiental que vem acontecendo na área indígena, o resgate da cultura Tremembé e a possibilidade de implantação de um Plano de Turismo Comunitário para os Tremembés. Ao final, foi definida a formação de um grupo de jovens que irá participar de um processo de capacitação continuada em Economia Solidária e Turismo Comunitário, bem como do mapeamento dos atrativos turísticos e pequenos empreendimentos individuais na área de artesanato que existem na comunidade.  

Indígenas participam de oficinas sobre museologia social em Aquiraz e Aratura

Nos dias 28 e 29 de julho, a ADELCO realizou oficina sobre Museologia Social para a etnia Jenipapo-Kanindé, em Aquiraz. A oficina foi ministrada pelo historiador João Paulo Vieira Neto na sede do Museu Jenipapo-Kanindé e contou com a participação de 18 indígenas, entre jovens e lideranças locais. O principal objetivo da oficina foi a discussão acerca da estrutura e dos fundamentos para a constituição de ações educativas no Museu Indígena Jenipapo-Kanindé, sugerindo metodologias que possibilitem aos participantes o desenvolvimento destas ações. Buscou-se estruturar a temática de forma que se fizesse uma reflexão crítica sobre as relações entre museu, história, memória, cultura, pesquisa, ensino e educação patrimonial. Levando-se em consideração as especificidades de cada localidade, foram utilizadas experiências concretas, estudo de casos e abordagens teóricas e metodológicas contemporâneas, discussão de questões relacionadas ao iminente conflito na construção social da memória, os limites e possibilidades da aplicação de projetos de ação educativa. Nos dias 15 e 16 de agosto, foi a vez da etnia Kanindé de Aratuba. Da oficina, também ministrada pelo historiador João Paulo Vieira Neto, participaram 23 jovens indígenas, que formam o núcleo educativo do Museu, e lideranças locais. As discussões foram muito importantes, pois nem os atuais colaboradores do museu nem os professores indígenas que participaram da oficina haviam sido capacitados e/ou sensibilizados para o potencial educativo de um museu indígena. “Acreditamos que o grande ponto positivo foi a apropriação conceitual e política deste importante espaço educativo e de memória pelos próprios educadores indígenas”, concluiu Maristela Calvário, coordenadora do Projeto Etnodesenvolvimento – Ceará Indígena. Para Samara Sammy, monitora do projeto, “o curso foi excelente porque conhecemos coisas novas, principalmente sobre museologia social. E também pudemos continuar a finalizar o inventário participativo do museu”, opinou.

A Festa da Colheita da Aldeia Cajueiro, em Poranga, reuniu 12 etnias cearenses no I Encontro de Caciques e Pajés do Ceará

Nos dias 13 e 14 de junho, em Poranga, representantes de 12 etnias se confraternizaram na Festa da Colheita e no I Encontro de Caciques e pajés do Ceará, realizados na aldeia Cajueiro, dos Tabajara Calabaça. A Adelco apoiou o evento, disponibilizando transporte para os indígenas que participam do projeto Etnodesenvolvimento – Ceará Indígena. Marciano Gois, coordenador do projeto Matas da Encantada e Graça Araújo, coordenadora pedagógica do projeto Etnodesenvolvimento – Ceará Indígena participaram do encontro, falando sobre as atividades da Adelco em seis comunidades indígenas e distribuindo camisetas do projeto Ceará Indígena entre as lideranças presentes. Após a recepção dos participantes, na manhã do dia 14/06, a programação começou com um ritual místico que unia dança e oração. Em seguida, na mesa de abertura, foi a vez dos convidados falarem: representantes da Prefeitura municipal de Poranga, Secretaria de Sáude do Município de Poranga, FUNAI, Organização Dos Indígenas do Ceará e Adelco. Oito caciques e cinco pajés de diversas etnias celebraram a colheita, evento tradicional na aldeia,. No Encontro, foram eleitos os representantes do distrito de Saúde: dois caciques ( Zé Canuto e Daniel Pitaguary) e dois pajés ( Barbosa/Pitaguary e Raimunda/Tapeba). Na ocasião, os participantes visitaram a mandala, que foi financiada pela EMATERCE.

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