Agricultura familiar e agroecologia são temas de curso em comunidades indígenas

Caminhada pela aldeia, construções coletivas de conceitos, trabalhos em grupo e discussões permearam os três dias do curso sobre agricultura familiar e agroecologia, promovido pelo projeto “Etnodesenvolvimento – Ceará Indígena” nas aldeias Jenipapo-Kanindé, em Aquiraz, Kanindé de Aratuba e Tapeba. O projeto é patrocinado pela Petrobras e também conta com o apoio financeiro do programa PPP-Ecos/Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), e é realizado pela Adelco. Logo no início do curso, os participantes escolheram o caminho a ser trilhado e seguiram em caminhada. Durante o percurso, foram identificando as áreas degradadas, as condições do meio ambiente, o que se produz, quais as espécies de plantas existentes, como é feito o manejo da água e o tratamento do solo. Na volta, uma discussão sobre a agricultura local analisou a situação atual e o que pode ser feito pela preservação ambiental e melhoria da produtividade agrícola. “A partir da construção do conceito e das características da agricultura convencional e agroecologia, aos poucos, o grupo vai se apropriando das vantagens das práticas agroecológicas, para conservação e melhoramento do solo. Por outro lado, toma consciência de que as queimadas, o desmatamento e o monocultivo são os responsáveis pela redução gradativa da produção. Somente a transição da forma tradicional de praticar agricultura para o manejo agroecológico poderá restabelecer e até ampliar o plantio, a colheita e a geração de renda”, explicou Maristela Pinheiro, coordenadora do projeto.

Projeto Matas da Encantada forma guias para trilhas ecológicas

Uma oficina de formação de guias para trilhas ecológicas foi realizada na comunidade Jenipapo-Kanindé, em Aquiraz, nos dias 29 e 30 de agosto e 06 e 08 de setembro. Ministrada por Sávio Magalhães, Mestre pelo PRODEMA e doutorando da geografia, pela UFC, a oficina foi o primeiro passo para uma série de ações do Projeto Matas da Encantada, patrocinado pela Petrobras e realizado pela Adelco. O projeto prevê ainda a sinalização e regulamentação das trilhas, confecção de fardamento para os guias, entre outras ações referentes ao planejamento de trilhas, dentro dos princípios do turismo comunitário, ecologicamente correto e sustentável. O objetivo da oficina foi capacitar os jovens da comunidade para serem guias turísticos e também a realização de um diagnóstico das trilhas, para fazer a recuperação e a sinalização ambiental, posteriormente. Cerca de 15 jovens aprenderam sobre os tipos de trilhas existentes, como conduzir os visitantes e as espécies de flora e fauna de cada caminho. Ao final, foi produzido um mapa detalhado das trilhas, que será utilizado na publicação do Guia Ambiental, publicação que orientará os visitantes sobre os percursos, a extensão e os principais pontos de paradas das trilhas. Sobre as trilhas Ao todo, são cinco trilhas que o visitante pode escolher: a dos roçados, lagoa da encantada, sucurujuba, do marisco e a do morro do urubu. A partir das trilhas, é possível ver a diversidade da flora e fauna da terra indígena, os olhos d´ água, as lagoas, bem como toda a extensão do território. O território Jenipapo-Kanindé está inserido na Planície Litorânea e nos Tabuleiros Pré-Litorâneos, em Aquiraz. A área apresenta um vasto campo de dunas e uma vegetação bastante preservada. Na mata preservada é possível encontrar árvores de imburana, coroa de frade, cajueiro brabo, puçá, bromélias, entre outras espécies.

Jenipapo-Kanindés participam de oficina de Economia Solidária em Aquiraz

A comunidade indígena Jenipapo-Kanindé participa, entre os dias 02 e 04/04, em Aquiraz/Ce, de uma oficina sobre Economia Solidária e Sustentabilidade, ministrado pela educadora popular, advogda e especialista em questões agrárias, Magnólia Azevedo Said. A formação, realizada na Pousada Jenipapo-Kanindé, faz parte das atividades do projeto “Etnodesenvolvimento de comunidades indígenas do Ceará”, cujo objetivo é o de promover a melhoria da qualidade de vida dessas comunidades. O projeto, patrocinado pela Petrobras, conta também com o apoio do programa PPP-Ecos/Instituto Sociedade, população e Natureza (ISPN) e é realizado pela Adelco, nas etnias Jenipapo-Kanindé, Kanindé de Aratuba e Tapeba e ainda com ações de sensibilização nas etnias Pitaguary, Tremembé e Anacé. De acordo com Magnólia Said, o objetivo da capacitação é o de contribuir para que a aldeia Jenipapo-Kanindé “possa ser sujeito de uma produção solidária, sem agredir o meio ambiente”, e eficiente, no que diz respeito à gestão das ações de economia solidária. A metodologia da formação é participativa, a partir da vivência da comunidade, com exposição dialogada, dinâmicas, apresentação de material visual e discussões sobre a vivência dos participantes. “O importante é que o povo Jenipapo-Kanindé possa tomar como base os conceitos sobre economia solidária e sustentabilidade e, apropriando-se desses conceitos, fortaleça a prática de uma produção solidária e sustentável, que garanta a perspectiva de melhoria de renda”, diz Magnólia Said. Nesse sentido, são construídos, durante a oficina, alguns planos de negócios, planejamento de produção e as bases para a consolidação de diagnóstico da produção local. Outro tema abordado foi o acesso aos programas governamentais. A mesma capacitação já tem data marcada para acontecer também na comunidade Kanindé de Aratuba (14, 15 e 16/04/2014) e Tapeba (10, 11 e 12/04/2014). Uma das atividades que mais motivou os participantes foi a construção do “mapa da realidade” local, onde eles fizeram um desenho do que produzem, o que vendem e os locais possíveis para a implementação dos quintais produtivos e mandalas. “Eles se preocupam especialmente com o transporte da produção, o que permite a venda do que é plantado – milho, coco, jerimum, batata, mandioca, acerola – nas feiras dos municípios próximos”, disse Graça Araújo, técnica do projeto.

Petrobras e Adelco iniciam o projeto Águas e Matas da Encantada, em Aquiraz

Com o contrato entre a Petrobras e Adelco, assinado em março, começam oficialmente as atividades do projeto Águas e Matas da Encantada, na comunidade indígena Jenipapo-Kanindé, em área do Complexo Vegetal da Zona Litorânea de Aquiraz. Entre os objetivos do projeto estão a adoção de práticas agroecológicas de uso da terra, a proteção e reflorestamento de matas nativas e de Áreas de Preservação Permanente (APPs), bem como ações de saneamento e educação ambiental. “Águas e Matas da Encantada” tem dos eixos principais: o ambiental – conservação dos recursos hídricos, redução da erosão, conservação das áreas com boa cobertura vegetal, e o social – aumento da geração de renda e melhoria da qualidade de vida da comunidade indígena. Para atingir esses resultados, serão realizadas diversas atividades, incluindo cursos de sensibilização em uso sustentado da terra, reconversão produtiva de capoeira degradada em sistema de produção agroflorestal, estabelecimento de Sistemas de Produção Agroflorestais (SAF), manejo e conservação de área florestal (visando a captação e estocagem de carbono), recomposição da mata ciliar da Lagoa da Encantada, produção de mudas, produção de adubo orgânico composto e húmus e estabelecimentos de quintais produtivos. Os trabalhos serão implementados com o envolvimento da comunidade, promovendo a consciência e práticas agroecológicas como alternativas sustentáveis de produção de bens e serviços para atender suas necessidades. Para além da recuperação da cobertura vegetal, o projeto pretende interferir no sentido de reverter a degradação dos recursos hídricos e melhorar a qualidade da água, através da promoção de ações de saneamento ambiental que prevê a construção de cisternas para captação de águas pluviais e a implantação de fossas verdes (canteiros bio-sépticos) além da promoção de práticas de manejo racional do uso d’água, da coleta e destinação de resíduos sólidos. “Esse conjunto de ações resulta em uma abordagem sistêmica da questão do saneamento, do manejo de resíduos e da conservação da vegetação, além de questões ambientais relacionadas. O objetivo central do trabalho é que as novas técnicas gerem novas atitudes dos moradores em relação aos cuidados com a vegetação e com os ambientes aquáticos”, explica Patrick Oliveira, Coordenador Geral da Adelco. “A partir do diagnóstico da situação atual, todas as decisões sobre o planejamento e a seleção das ações a serem desenvolvidas são tomadas em parceria com a comunidade: a escolha das áreas para plantio, a preparação das mudas, a definição dos quintais produtivos e as demais atividades. Essa construção coletiva é um dos principais diferenciais do projeto”, disse Marciano de Gois, engenheiro agrônomo, coordenador do projeto.

PPP-Ecos apoia projeto de sistemas agroflorestais em Aquiraz

O projeto Matas da encantada – preservando ecossistemas na tribo Jenipapo-Kanindé atua no Complexo Vegetal da Zona Litorânea da aldeia indígena Jenipapo-Kanindé, em Aquiraz, desde novembro de 2013. Matas da encantada é patrocinado pelo Programa de Pequenos Projetos Ecossociais (PPP-Ecos) e executado pela Adelco, tendo como objetivo a melhoria da qualidade ambiental da etnia Jenipapo-Kanindé, através de técnicas agroecológicas, para uso dos recursos naturais renováveis, na área próxima à Lagoa da Encantada. De 13 a 15 de março, foi realizado um curso de capacitação inicial em agroecologia, com a participação de 30 indígenas, no qual foi feito um trabalho comparativo sobre as características da agricultura tradicional e da agroecologia. Foi o início de um processo que irá capacitar 90 pessoas em agrossivilcutora e outras técnicas de base agroecológica, além de formar multiplicadores em educação ambiental e conservação da biodiversidade. Entre os resultados esperados do projeto estão a reconversão de cinco hectares de área degradada para produção agrícola, implantação de um Sistema Agroflorestal (SAF), recuperação de trilhas e formação de guias para trilhas ecológicas, implantação de duas ilhas de coleta seletiva de lixo e constituição de um acervo ambiental para o Museu Indígena Jenipapo-Kanindé. Entre as atividades marcadas para o primeiro semestre de 2014 está um intercâmbio de experiências que o correrá no dia 17 de maio. Um grupo de 15 Jenipapo-Kanindés, acompanhados pelo professor e agrônomo João Ambrósio de Araújo Filho irá conhecer uma experiência-modelo de sistemas agroflorestais no município de Bela Cruz. O professor Ambrósio é PHd e consultor em recuperação de áreas degradadas, sistemas agroflorestais, formação e manejo de pastagens. Ainda em maio, nos dias 19 e 20, ele irá ministrar na comunidade Jenipapo-Kanindé o curso “Agrossilvicultura e outras técnicas de base agroecológica” e a oficina “Diagnóstico socioambiental”, onde será feito um levantamento de toda a fauna e flora existentes na região. As metas do Matas da Encantada complementam-se através de dois eixos principais: Ambiental Recuperação e proteção de matas nativas e das Áreas de Preservação Permanente (APPs); redução do efeito estufa; implantação de cultivos agroecológicos e valorização dos recursos ambientais. Social-comunitário Aumento da geração de renda e melhoria da qualidade de vida da comunidade indígena; construção participativa das ações do projeto com a comunidade, a partir de suas necessidades; desenvolvimento do turismo comunitário/ecológico.

Jenipapo-Kanindé comemora aniversário do museu e suas tradições

Cada momento importante de sua história é motivode festa e de confraternização entre os povos indígenas do Ceará. A comunidade Jenipapo-Kanindé (Aquiraz), preparou com carinho e esmero uma programação cheia de cores, danças, comidas típicas e alegria. Diz o convite: “Nós do Jenipapo-Kanindé temos a honra de convidar você para participar da comemoração de quatro anos de criação do Museu Indígena Jenipapo-Kanindé, que será realizada no dia 12 de setembro de 2014, a partir das 17h.” Na programação, tem roda de conversa sobre a trajetória do museu, apresentação cultural com o grupo Kunhã Apyara, ritual sagrado, exibição do vídeo sobre a história do povo Jenipapo-Kanindé e pratos típicos da aldeia. A equipe da Adelco vai estar lá, na companhia de Janete Ribeiro, representante da Petrobras que está em Fortaleza para acompanhar o Projeto Etnodesenvolvimento – Ceará Indígena, desenvolvido juntamente com a comunidade Jenipapo-Kanindé.

Agroecologia, economia solidária e turismo comunitária são temas de oficinas na comunidade Tremembé

Oficinas de sensibilização sobre agroecologia, economia solidária e turismo comunitário mobilizaram as aldeias da etnia Tremembé nos dias 23 e 24 de agosto, no município de Itarema. As atividades, que integram o projeto Etnodesenvolvimento – Ceará Indígena, patrocinado pela Petrobras, foram desenvolvidas pela coordenadora do projeto, Maristela Pinheiro. O encontro aconteceu na Aldeia da Praia de Almofala, e reuniu 32 pessoas – jovens, adultos e lideranças indígenas, entre elas o Cacique Venâncio. Durante dois dias, foram discutidos temas como a degradação ambiental que vem acontecendo na área indígena, o resgate da cultura Tremembé e a possibilidade de implantação de um Plano de Turismo Comunitário para os Tremembés. Ao final, foi definida a formação de um grupo de jovens que irá participar de um processo de capacitação continuada em Economia Solidária e Turismo Comunitário, bem como do mapeamento dos atrativos turísticos e pequenos empreendimentos individuais na área de artesanato que existem na comunidade.  

Indígenas participam de oficinas sobre museologia social em Aquiraz e Aratura

Nos dias 28 e 29 de julho, a ADELCO realizou oficina sobre Museologia Social para a etnia Jenipapo-Kanindé, em Aquiraz. A oficina foi ministrada pelo historiador João Paulo Vieira Neto na sede do Museu Jenipapo-Kanindé e contou com a participação de 18 indígenas, entre jovens e lideranças locais. O principal objetivo da oficina foi a discussão acerca da estrutura e dos fundamentos para a constituição de ações educativas no Museu Indígena Jenipapo-Kanindé, sugerindo metodologias que possibilitem aos participantes o desenvolvimento destas ações. Buscou-se estruturar a temática de forma que se fizesse uma reflexão crítica sobre as relações entre museu, história, memória, cultura, pesquisa, ensino e educação patrimonial. Levando-se em consideração as especificidades de cada localidade, foram utilizadas experiências concretas, estudo de casos e abordagens teóricas e metodológicas contemporâneas, discussão de questões relacionadas ao iminente conflito na construção social da memória, os limites e possibilidades da aplicação de projetos de ação educativa. Nos dias 15 e 16 de agosto, foi a vez da etnia Kanindé de Aratuba. Da oficina, também ministrada pelo historiador João Paulo Vieira Neto, participaram 23 jovens indígenas, que formam o núcleo educativo do Museu, e lideranças locais. As discussões foram muito importantes, pois nem os atuais colaboradores do museu nem os professores indígenas que participaram da oficina haviam sido capacitados e/ou sensibilizados para o potencial educativo de um museu indígena. “Acreditamos que o grande ponto positivo foi a apropriação conceitual e política deste importante espaço educativo e de memória pelos próprios educadores indígenas”, concluiu Maristela Calvário, coordenadora do Projeto Etnodesenvolvimento – Ceará Indígena. Para Samara Sammy, monitora do projeto, “o curso foi excelente porque conhecemos coisas novas, principalmente sobre museologia social. E também pudemos continuar a finalizar o inventário participativo do museu”, opinou.

A Festa da Colheita da Aldeia Cajueiro, em Poranga, reuniu 12 etnias cearenses no I Encontro de Caciques e Pajés do Ceará

Nos dias 13 e 14 de junho, em Poranga, representantes de 12 etnias se confraternizaram na Festa da Colheita e no I Encontro de Caciques e pajés do Ceará, realizados na aldeia Cajueiro, dos Tabajara Calabaça. A Adelco apoiou o evento, disponibilizando transporte para os indígenas que participam do projeto Etnodesenvolvimento – Ceará Indígena. Marciano Gois, coordenador do projeto Matas da Encantada e Graça Araújo, coordenadora pedagógica do projeto Etnodesenvolvimento – Ceará Indígena participaram do encontro, falando sobre as atividades da Adelco em seis comunidades indígenas e distribuindo camisetas do projeto Ceará Indígena entre as lideranças presentes. Após a recepção dos participantes, na manhã do dia 14/06, a programação começou com um ritual místico que unia dança e oração. Em seguida, na mesa de abertura, foi a vez dos convidados falarem: representantes da Prefeitura municipal de Poranga, Secretaria de Sáude do Município de Poranga, FUNAI, Organização Dos Indígenas do Ceará e Adelco. Oito caciques e cinco pajés de diversas etnias celebraram a colheita, evento tradicional na aldeia,. No Encontro, foram eleitos os representantes do distrito de Saúde: dois caciques ( Zé Canuto e Daniel Pitaguary) e dois pajés ( Barbosa/Pitaguary e Raimunda/Tapeba). Na ocasião, os participantes visitaram a mandala, que foi financiada pela EMATERCE.

Índios brasileiros e americanos se encontram na Semana dos Povos Indígenas

Caciques, pajés e representantes de oito etnias apresentam suas tradições culturais e trocam experiências de 22 a 25 de abril, na Semana dos Povos Indígenas 2014, no bairro Bom Jardim. A ideia é mostrar para a sociedade a história, lendas, mitos e a arte indígenas. Representantes de cinco povos indígenas cearenses, além de lideranças dos povos Pataxó, da Bahia, Tupiniquim, do Espírito Santo, e Lakota Sioux, do Norte dos Estados Unidos, participaram da Semana dos Povos Indígenas, realizada na sede do Movimento Saúde Mental Comunitária (MSMCBJ), no bairro Bom Jardim. O objetivo do encontro foi promover a troca de experiências entre as diversas etnias e permitir que a sociedade conheça as causas e os direitos indígenas. Participaram do evento lideranças das aldeias cearenses Pitaguary, Tremembé, Anacé, Jenipapo-Kanindé e Tapeba, representando as 14 tribos indígenas existentes no Ceará. Ao abrir a Semana, o presidente do MSMC, padre Rino Bonvini, enfatizou o intuito de consolidar a união entre estes povos em torno de uma mesma causa, através das danças, rodas de conversa, oficina de artesanato e exposição de arte. Segundo Patrick Oliveira, coordenador da Adelco (parceira do evento), “essa é uma oportunidade de se conhecer as peculiaridades de cada etnia, de aprender com as experiências de sucesso e também com as dificuldades enfrentadas, tanto na luta pelo reconhecimento cultural como na legalização das terras indígenas, entre outras questões. É um passo importante também para que os movimentos que defendem a cultura indígena se conheçam melhor e fortaleçam seus projetos”, disse. Marciane Tapeba, monitora do projeto Etnodesenvolvimento – Ceará Indígena, destacou que achou “importante a valorização da cultura indígena e o testemunho de um parente Lakota, pois vimos que o descaso com nosso povo não acontece só no Brasil”. Ela ressaltou ainda o ritual da sauna sagrada, conduzido pelos Lakota: “Pra mim, foi muito forte quando eles rezaram por todos os parentes e demonstraram que vale a pena se sacrificar por todo o nosso povo, o que é semelhante ao que fazemos aqui”, disse Marciane. Estiveram presentes às atividades alguns apoiadores da causa indígena, como Paulo Barbosa, coordenador regional da Fundação Nacional do Índio (Funai), Caio Feitosa, co-gestor do Centro de Defesa da Vida Herbert de Souza (CDVHS), irmã Odila Bruno, integrante do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e Maria Amélia, coordenadora da Associação Missão Tremembé. Representando as diversas etnias, compareceram o Pajé Barbosa e Carlinhos Pitaguary (Pitaguary), Cacique João Venâncio e Pajé Luis Caboclo (Tremembé), Cacique Antônio (Anacé), Cacique Irê (Jenipapo- Kanindé), Adam Little Elk e Woopila Badhand (Lakota Sioux-EUA) e Ubiraci Pataxó (Bahia). As crianças da escola indígena Pitaguary participaram de um concurso de criação artística, com a produção de um texto em prosa, uma poesia e uma composição musical. Na programação, houve ainda oficinas de confecção de filtro de sonhos e instrumentos de sopro, exibição de filmes, oficinas, apresentações musicais, rodas de conversa, biodança, pintura e exposição do artesanato indígena.

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