Povo Kanindé de Aratuba visita experiências de Cooperativas

 

O movimento cooperativista deve ser visto como um movimento social que surgiu com o despertar do sistema capitalista no final do século XVIII e início do século XIX, um período marcado pelas relações de conflito entre capital e trabalho provocadas pelas péssimas condições de trabalho, que levaram a classe operária a se organizar de forma associativa, contrapondo-se às novas imposições do mercado formal de trabalho. Para que o cooperativismo se torne eficaz como sistema econômico, faz-se necessário o envolvimento dos agentes locais que se tornem protagonistas, propiciando-lhes melhoria da qualidade de vida e incremento da renda familiar, além da melhoria das condições de trabalho. Desse modo, as cooperativas agropecuárias poderão desempenhar sua função social, tendo como meta a redução da pobreza e o combate à precarização das condições de vida de seus cooperados agricultores familiares, assumindo compromisso com a promoção do desenvolvimento.

No meio deste processo, está a Adelco, ONG parceira do Governo do Estado do Ceará, que desenvolve o Projeto São José III com os povos indígenas da etnia Kanindé de Aratuba.

A penúltima atividade da assessoria técnica Adelco ocorreu no dia 18 de janeiro, com uma visita à COOPERFAM dos associados da AIKA – Associação Indígena Kaninde de Aratuba, produtores de ovos caipiras, e da agrônoma Clarice Albuquerque, assessora do projeto São José pela Adelco. Os visitantes conheceram as instalações da Cooperativa, sua história e outras questões da organização do lugar.

Ainda nesta visita, o grupo também teve a oportunidade de conhecer um produtor ligado a COOPERFAM, que produz acerolas e cria galinhas caipiras da comunidade de Massapê, 40km de Maranguape. A Cooperativa Agroecológica da Agricultura Familiar do Caminho de Assis surgiu em 2010 e é destaque no estado por atender a diversos municípios da Região Metropolitana de Fortaleza com frutas e hortaliças para programas governamentais como PNAE e PAA. A produção de polpas de frutas também é exportada para outros estados.

 

Outra experiência visitada de agricultura familiar, ainda em Massapê, foi a produção de aves caipiras para corte e a fruticultura do senhor Hélio. Ele nos contou que largou a cidade grande e passou a cultivar frutas. “Eu queria queria uma vida sem stress e violência. Aí como já gostava de mexer com a terra…” conta. Foi assim que seu Hélio voltou para sua cidade natal e se associou a COOPERFAM.

Para Clarice, as principais impressões relatadas do grupo dizem muito da sua organização. “Para eles, a lição que ficou foi que só é possível acreditar na grandiosidade de uma cooperativa quando se visita uma. Os relatos falam ainda sobre a presença das mulheres e dos jovens, como eles ocupam um lugar de destaque dentro das atividades”, conta a agrônoma. “Outro ponto a ser destacado foi o espírito de empreendedorismo, que provocou no grupo a esperança que os trabalhos campesinos podem vir a ser uma fonte constante de renda e emprego”, finaliza Clarice.

Veja mais fotos em: http://adelco.org.br/galerias/

Fonte: Adelco

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