Estudantes da Unilab visitam Sistemas Agroflorestais da comunidade Jenipapo-Kanindé

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Estudantes da Unilab visitam área de SAF

Conhecer as tecnologias agrícolas na prática. Com esse objetivo os estudantes do curso de Agronomia da Universidade da Integração Internacional de Lusofonia Afrobrasileira (UNILAB) visitaram, na última sexta-feira (25/04), a comunidade Jenipapo-Kanindé, em Aquiraz-CE, para saber mais sobre as duas áreas de Sistemas Agroflorestais (SAF) existentes na terra indígena. A experiência agroecológica é uma das ações do projeto Matas da Encantada, desenvolvido pela ADELCO com patrocínio da Petrobras.

Guiados pelo professor e agrônomo Ambrósio de Araújo, consultor do projeto, e pelos indígenas, os estudantes acompanharam de perto a experiência da reconversão de capoeira degradada em sistemas de produção agroflorestal . Antes, a terra que era queimada para receber o plantio, agora tem adubação natural a partir do uso de adubos e da folha da carnaúba processada (bagana) cuja função é assegurar a umidade do solo. O processo vem sendo desenvolvido desde de julho de 2014. Atualmente, as áreas já receberam os cultivos de milho, feijão e gliricidia e preparam-se já para a colheita.

Para a estudante Amanda Bonfim, 21, é positivo ver o funcionamento do sistema agroecológico. “Antes era apenas uma proposta, agora podemos ver a aplicação”. Já para Wilson de Souza, 28, a vivência na comunidade é mais uma prova de que é possível a agroecologia. “Às vezes as pessoas acham que é apenas uma ideologia”, afirma. “Sou apaixonado pela agroecologia. Quando for um profissional formado vou levar isso para a minha profissão”, afirma Wilson.

Segundo o professor da Unilab, Ribamar Furtado, a troca de experiência no Jenipapo-Kanindé permitirá que os estudantes possam implantar um modelo de SAF no Assentamento Antônio Conselheiro, em Ocara. Nesta região, durante os próximos dois anos, os estudantes atuarão numa espécie de residência agrícola, como parte da disciplina de Práticas Agrícolas.

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O SAF é um sistema agroecológico que combina a manutenção de árvores e o plantio de culturas agrícolas, com ou sem a presença de animais, em uma mesma área e ao mesmo tempo. Este modelo evita a queimada por parte dos agricultores e garante uma maior conservação e produtividade do solo.

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Seminário divulga a luta do povo Tapeba por demarcação da terra indígena

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Indígenas Tapeba estiveram reunidos na tarde de ontem (22/04), na Faculdade de Tecnologia do Nordeste (FATENE), em Caucaia, no Seminário “Povo Tapeba: Divulgando a luta, buscando a demarcação” para apresentar um panorama da luta indígena da etnia. Há mais de 30 anos os Tapeba buscam a demarcação da terra. Estiveram presentes também estudantes do curso de serviço social da faculdade, professores, movimentos sociais e organizações da sociedade civil como a ADELCO, parceira dos indígenas nessa luta.

Segundo o presidente da Associação das Comunidades do Povo Tapeba de Caucaia (ACITA), Weibe Tapeba, a luta e a identidade dos indígenas está associada ao processo de formação histórica do município. “Mas há historiadores que ainda hoje negam a existência do Povo Tapeba em Caucaia”, afirmou Weibe. Para ele, por isso é fundamental divulgar ainda mais as disputas que envolvem a demarcação da terra. “Nossa resistência é constituída por povos indígenas, aliados e parceiros que vão disseminar a luta indígena”, pontuou.

A Pajé Tapeba, Dona Raimunda, também fez um resgate histórico da luta do seu povo. “Lutamos desde 1982 pela demarcação da terra, mas também por saúde e educação. A luta sempre foi sofrida. Os índios não existiam para os políticos de Caucaia”, afirmou.

Marciano Moreira, coordenador do projeto Matas da Encantada da ADELCO, destacou o quanto é importante a organização dos povos indígenas nessa luta e a parceria da instituição neste processo. A ADELCO desenvolve junto aos Tapebas o projeto Etnodesenvolvimento – Ceará Indígena, com o patrocínio da Petrobras, que tem como perspectiva a melhoria da qualidade de vida de comunidades indígenas do Ceará.

O Seminário faz parte das atividades do projeto que o Fundo Brasil de Direitos Humanos tem em parceria com a ACITA e busca ampliar a rede de apoio aos direitos desses povos, divulgando a luta e colaborando na denúncia das violações aos direitos humanos sofridas por essas comunidades.

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Comunidades indígenas denunciam violações de direitos em Audiência Pública

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Audiência discute a efetivação dos direitos indígenas do Ceará.

Representantes das etnias Pitaguary, Tapeba, Kanindé, Tabajará e Tremembés denunciaram ontem (09/04), em audiência pública realizada pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Ceará, uma série de violações de direito que os povos indígenas estão sofrendo em seus territórios e cobraram a retomada dos processos de demarcação de terra indígena no estado. Na ocasião, a ADELCO (Associação para Desenvolvimento Local Co-produzido) participou da mesa com Patrick Oliveira, coordenador geral da instituição. Participou também da audiência Maristela Pinheiro, coordenadora do projeto Etnodesenvolvimento Ceará Indígena, projeto que tem o patrocínio da Petrobras.

Segundo Weibe Tapeba, presidente da Coordenação das Organizações e Povos Indígenas do Ceara (COPICE), o Estado do Ceará é um dos mais atrasados em relação à demarcação das Terras. Das 22 terras indígenas, conta apenas com um processo totalmente concluído. “Nossos territórios estão sendo invadidos todos os dias: invadidos pela poluição, pelas queimadas, pela especulação imobiliária, pela falta de demarcação das terras. Estamos num cenário de violação em que precisamos de atuação”, afirma Weibe.

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Weibe Tapeba, presidente da COPICE.

O procurador Francisco Araújo, do Ministério Público Federal, denunciou ainda que a ausência de demarcação de terras tem levado a situações como tráfico de drogas e ameaça de morte dentro dos territórios indígenas, uma vez que há uma indefinição de quais instituições públicas podem atuar no território. No caso dos indígenas, a proteção é de competência da Polícia Federal.

Para o deputado estadual Renato Roseno (PSOL), requerente da audiência, a violação dos direitos indígenas e as vulnerabilidades à terra e ao território estão relacionados as disputas com o agronegócio, modelo agrícola predominante no Brasil. “O agronegócio não respeita os direitos indígenas conquistados na Constituição de 88. São direitos que ainda nem foram colocados em prática”, afirma Roseno. O parlamentar criticou ainda o desarquivamento pelo Congresso Nacional da PEC 215, que versa sobre a demarcação das terras indígenas.

Patrick Oliveira, coordenador geral da ADELCO, destacou que além das violações de terra, ocorre também uma violação ao direito à consulta, previsto na convenção 169, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que assegura a autodeterminação dos povos. “Esse direito à consulta nunca foi respeitado e nem é regulamentado”, afirma. Patrick sugeriu que a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia possa contribuir com a regulamentação deste direito.

Ao fim da audiência, a Comissão de Direitos Humanos comprometeu-se em criar uma comissão para visitar as áreas de conflito no Ceará. Além disso, um ofício será encaminhado ao Ministério da Justiça, solicitando informações sobre os processos demarcatórios no estado.

A Audiência Pública contou ainda com representantes da Associação Missão Tremembé, do Centro de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos da Arquidiocese de Fortaleza (CDPDH), do Instituto de Desenvolvimento Agrário (Idace), do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei/Sesai/MS) e da FUNAI.

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Quintais produtivos do povo Tapeba recebem visita técnica

O Projeto Etnodesenvolvimento-Ceará Indígena, realizado pela Associação para Desenvolvimento Local Co-produzido (ADELCO) e patrocinado pela Petrobras, realizou ontem (07/04) mais uma visita técnica aos quintais produtivos das comunidades do povo Tapeba, em Caucaia-CE. O objetivo foi fazer o acompanhamento das construções dos galinheiros e a entrega de utensílios (comedouros e bebedouros) para a criação de aves. Na ocasião, também foi agendada a Oficina de Produção Sustentável nos Quintais Produtivos, prevista para acontecer no próximo dia 29 de abril, nas comunidades de Sobradinho e Vila dos Cacos.

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Formação de multiplicadores em Educação Ambiental aborda tema da biodiversidade

DSC04461O Projeto Matas da Encantada, desenvolvido pela Associação para Desenvolvimento Local Co-produzido (ADELCO) e patrocinado pela Petrobras, realizou na aldeia Jenipapo-Kanindé, em Aquiraz-CE, no último sábado (21/03), mais uma etapa do curso de formação de multiplicadores em Educação Ambiental. Nesta terceira oficina, a professora mestra Rossana Barros, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), abordou o tema da biodiversidade. Participam deste curso, professores e professoras da Escola indígena Jenipapo-Kanindé.

Estudantes realizam vivência agroecológica na comunidade Jenipapo-Kanindé

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Estudantes da UFC e da UFERSA-RN em visita à aldeia Jenipapo-Kanindé. Foto: Davi Pinheiro

O Grupo de Estudos e Práticas em Permacultura (GEPPE), da Universidade Federal do Ceará (UFC) e o Grupo Verde Agroecológico Alternativo (GVAA), da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), de Mossoró-RN, estiveram ontem (22/03) na aldeia indígena Jenipapo-Kanindé para conhecer as ações agroecológicas do Projeto Matas da Encantada, realizado pela Associação para Desenvolvimento Local Co-produzido (ADELCO) e patrocinado pela Petrobras.

Dentre as ações visitadas, os estudantes conheceram as áreas onde o cultivo é feito através do Sistema Agroflorestal (SAF), técnica que combina a produção de alimentos (plantios e criação de animais) com a preservação das árvores nas áreas de cultivo. Isso evita o desmatamento e a queima do roçado, preservando o ambiente. A turma realizou ainda uma das trilhas ecológicas existentes na comunidade, no qual é possível conhecer o Museu Indígena Jenipapo-Kanindé.

Equipe do Matas da Encantada avalia primeiro ano de atuação do projeto

Oficina de Avaliação do Projeto Matas da Encantada/Março2015
Oficina de Avaliação do Projeto Matas da Encantada/Março2015

Mesmo sob a forte de chuva da última quinta-feira (05/03), a comunidade indígena dos Jenipapo-Kanindé, em Aquiraz-CE, reuniu-se na Pousada mantida pelos indígenas para avaliar o primeiro ano das ações do Projeto Matas da Encantada, desenvolvido pela Associação de Desenvolvimento Local Co-produzido (Adelco) com patrocínio da Petrobras.

A avaliação aconteceu a partir de três eixos: visão geral do projeto, equipe técnica e da participação da comunidade. Dentre as ações avaliadas, estão a adoção do Sistema Agroflorestal (SAF); a construção das fossas ecológicas e cisternas de ferrocimento; a implantação das Trilhas ecológicas; e as oficinas de educação ambiental.

Entre os desafios colocados para o próximo período, está em ampliar a participação dos indígenas nas ações do Matas da Encantada. Para João Santana, da aldeia Jenipapo-Kanindé, “Este é um projeto de autossustentação e os índios precisam estar cientes de que é para a comunidade. A comunidade precisa participar porque senão o projeto não funciona”, afirma.

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Comunidade indígena Jenipapo-Kanindé realiza inventário fotográfico da fauna e flora

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Foto: Jackson Forte e Paulo Miranda

O projeto Matas da Encantada, realizado pela Associação para Desenvolvimento Local Co-produzido (Adelco) e patrocinado pela Petrobras, iniciou na última terça-feira, 03/03, o inventário fotográfico da fauna e flora da região que abrange a aldeia indígena Jenipapo-Kanindé, em Aquiraz-CE. A proposta é observar e pesquisar quais as principais espécies vegetais e animais, com destaque para os pássaros, existentes no território, fotografar e listar o nome popular e científico.

O inventário está sendo realizado de forma participativa, com a o apoio da comunidade indígena através de oficinas. Com isso, o registro dos aspectos ambientais da comunidade é feito a partir da memória, tradição cultural e saberes ambientais dos indígenas. “O inventário é uma forma de sensibilizar e reafirmar a importância do meio ambiente para os Jenipapo-Kanindé. Os mitos, as lendas e os costumes indígenas estão muito ligados à preservação deste território indígena que é composto por matas virgens e campos de dunas, mas que sofre com a degradação ambiental”, explica Marciano Moreira, coordenador do projeto Matas da Encantada.

O material coletado será transformado em uma publicação impressa e um acervo para o museu indígena Jenipapo-Kanindé, subsidiando as ações culturais e ambientais. Além disso, o inventário ajudará a compor o Centro de Informação Ambiental da aldeia, fortalecendo o turismo ecológico e comunitário na região.

Mais informações:

Assessoria de Imprensa da Adelco:
Isabelle Azevedo (85) 99624420 ou Ivna Girão (85) 88175149

No Ceará, indígenas mobilizam-se rumo ao Acampamento Terra Livre

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Reunião de trabalho define ações para a ida de lideranças indígenas ao evento que será realizado em Brasília entre os dias 12 e 16 de abril

Lideranças dos povos indígenas das etnias Pitaguary, Tapeba, Anancés, Kanindé de Aratuba, Tremembés e Jenipapo-Kanindé estarão na próxima segunda-feira, 09/03, às 9h, no escritório da Associação para Desenvolvimento Local Co-produzido (Adelco – Rua Barão de Aracati, 2200, casa 44, Joaquim Távora) numa reunião de trabalho para discutir ações dos povos indígenas do Ceará para o Acampamento Terra Livre, que será realizado de 12 a 16 de abril, em Brasília.

A reunião de trabalho terá ainda como pauta a organização do seminário preparatório para o Acampamento que versará sobre os Direitos dos Povos Indígenas. O tema está na ordem do dia desde que um conjunto de projetos de leis e emendas constitucionais, apresentados ao Congresso Nacional, vem colocando em risco os direitos constitucionais dos povos indígenas. Dentre eles estão a PEC 215, que versa sobre a demarcação de terras indígenas.
O seminário será parte da ação do Projeto Etnodesenvolvimento- Ceará Indígena, patrocinado pela Petrobras e executado pela Adelco. O projeto tem como perspectiva a melhoria da qualidade de vida de comunidades indígenas do Ceará, dinamizando a economia solidária local, fortalecendo o turismo comunitário e favorecendo melhores condições de segurança alimentar, considerando sempre as diversas culturas e etnias.

Mobilização para o Acampamento

Os Povos Indígenas do Brasil estarão reunidos de 12 a 16 de abril, em Brasília, para reivindicar os direitos indígenas, lutar pela demarcação de seus territórios e contra a violação de direitos.

No Ceará, os indígenas estão em uma forte mobilização para enviar seus representantes a Brasília. Para isso, realizam uma campanha de apoio financeiro que servirá para custear as despesas de alimentação e transporte durante a viagem e a permanência em Brasília-DF. Quem desejar contribuir pode entrar em contato pelo e-mail: marcytapeba@yahoo.com.br.

SERVIÇO:
Reunião de trabalho das lideranças indígenas rumo ao Acampamento Terra Livre – Segunda-feira, 09/03, às 9h, no escritório da Adelco (Adelco – Rua Barão de Aracati, 2200, casa 44, Joaquim Távora)

Mais informações:
Assessoria de Imprensa da Adelco:
Isabelle Azevedo (85) 99624420 ou Ivna Girão (85) 88175149

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