20 mulheres indígenas se formam em Confeitaria Básica

Na metodologia do curso, as participantes entenderam que podem usar alimentos do seu território de várias formas.

Cleydyane Tabajara, Expedita Potiguara, Vanessa Tabajara, Cacica Diana Kariri, Michele Potiguara e mais quinze mulheres indígenas da região de Crateús passaram dois dias em Fortaleza estudando no Curso Básico de Confeitaria e Cultura Alimentar para Mulheres Indígenas, promovido pela Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco, equipamento do Governo do Estado do Ceará.

Vanessa Moreira é coordenadora da escola e defende que cultura alimentar é uma ferramenta política: “A gente entende que cultura alimentar é uma ferramenta de luta para segurança e soberania alimentar, luta pela terra. Para que a gente efetive essas ações, precisamos estar nos territórios e trabalhando com demandas reais. Então a gente poder receber hoje estas mulheres indígenas, que nos trazem uma demanda que a gente pense um processo didático, que a demanda seja atendida, mas elas se entendam como guardiãs da cultura alimentar, é de uma riqueza e é a efetivação do que a gente pensa pra essa escola”, enfatiza Moreira.

“A gente trouxe as mulheres de Crateús das diversas etnias daquela região, para conhecer um pouco da escola de gastronomia. Estamos muito felizes de colaborar com esse processo de fortalecimento econômico das mulheres. A gente sabe que muitas querem abrir seu negócio e por isso o curso vai ajudá-las e perceber o que elas têm em volta e usar na cozinha”, explica Adelle Azevedo, coordenadora do projeto Tucum.

Na metodologia do curso, as participantes entenderam que podem usar alimentos do seu território de várias formas, como um pão com farinha de milho; bolo de café; pão de jerimum, aproveitando as sementes; geleias de frutas, como manga e goiaba e até docinho de caju. A técnica usada permite uma comercialização dos produtos, ampliando a renda daquela mulher, ou até mesmo a produção para consumo próprio.

Cleydyane Tabajara, liderança indígena que coordenou a vinda do grupo também agradeceu. “Quero agradecer o pessoal da Adelco com toda essa parte de logística e articulação para que as 20 mulheres pudessem ir e vir de Cratéus. Também queremos agradecer a acolhida da Escola de Gastronomia, nos dando total assistência. Só gratidão!”

Nós que fazemos o projeto Tucum – a força da resistência indígena, ficamos felizes de sermos parceiros desta atividade, onde as mulheres puderam aperfeiçoar seus conhecimentos e sonhar abrir seu próprio negócio, como é o plano de algumas.

O Projeto Tucum é uma realização da Adelco (@adelcobrasil) e do Esplar (@cpaesplar), com o financiamento da União Europeia.

Veja aqui o vídeo com registros do curso.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Adelco

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